Processo de open innovation da TIM pode abrigar parcerias com OTTs

Com modelos de negócios mais flexíveis, operadora quer soluções para os quais mobilidade e mais velocidade de rede sejam importantes

A TIM está apostando alto no processo de inovação aberta para conseguir diferencial competitivo no lançamento de novos serviços. Isso envolve desenvolvimento de soluções em parceria com empresas, startups mas que também poderá abranger o universo das OTT (Over to Top). A empresa classifica sua nova estratégia como um posicionamento de uma OTN (Over to Network), que estará aberta para aqueles que reconheçam valor no que ela pode oferecer e também lhe permita se destacar, principalmente em aplicativos que exijam mais capacidade e velocidade da rede.

Luis Minoru, CSO da operadora, considera que a companhia tem um enorme valor para oferecer a seus futuros parceiros, como a combinação de infraestrutura, uma base de clientes que ultrapassa a faixa de 60 milhões e até processamentos internos, como bilhetagem. “O processo de inovação aberta pode ser dividido em duas partes, uma escala grande que pode contribuir para o modelo de negócios e a perspectiva de como o serviço pode ser melhor ao entrar no acervo da TIM. Os critérios para o estabelecimento desses acordos passa pela exigência de plena mobilidade por parte da nova solução e utilização de redes que oferecem mais velocidade, como a quarta geração no qual a empresa se tornou líder em cobertura.

O executivo lembra que há vários modelos de negócios dentro do conceito de OTN. Um deles pode envolver conectividade de graça por parte da operadora em troca de dados da base de clientes das OTTs. Isso ajudaria a alimentar um outro projeto da companhia em andamento desde 2013, que é a implantação de sistemas Big Data que permitam a identificação de informações e movimentos importantes dos consumidores para elaborar novos serviços.

Minoru coloca a parceria com as OTTs dentro do espectro B2B2C, no qual a TIM responderia pelo primeiro B. Com flexibilidade de modelos, o contato com o cliente poderá ser feito tanto pela empresa quanto pelos parceiros, dependendo de cada caso.

Com essa estratégia, a TIM inaugura uma nova fase no relacionamento com as OTTs. “Teles e OTTs passaram um tempo sem conversar. Essa situação mudou, agora tenho reunião quase toda semana com uma OTT. Estamos mais maduros e conscientes da questão da complementariedade”, observou.

O executivo participou hoje do LTE Latin America, que encerra amanhã no Rio de Janeiro.

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Wanise Ferreira

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