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PPI propõe a dissolução da Ceitec

Estatal do chip deve ser transformada em organização social privada, de fomento à pesquisa e inovação.
Background image created by Xb100 - Freepik.com
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O Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do governo federal recomendou que a fabricante estatal de chips Ceitec seja dissolvida. A empresa foi colocada no âmbito do PPI em outubro de 2019, a fim de que fosse privatizada. Os responsáveis pelo programa terminaram os estudos sobre a viabilidade da venda e, no entanto, dizem que não haveria interessados. Por isso, sugeriram que seja simplesmente dissolvida.

Conforme apresentação feita na última reunião dos membros do PPI, a Ceitec nunca apresentou resultados positivos. Em 2019, a estatal registrou despesas operacionais com pessoal de R$ 42 milhões e despesas gerais administrativas de R$ 36,8 milhões. Mas teve receita de R$ 7,8 milhões. Os gastos com pessoal aumentaram entre 2016 e 2017, quando houve um salto de 22,5%, ficando no mesmo patamas deste então.

Caberá ao presidente Jair Bolsonaro decidir se liquida ou não a empresa de tecnologia. A sede da estatal fica em Porto Alegre. A empresa tem 172 empregados. Depois de liquidada, os ativos da empresa seriam destinados a uma política pública de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico. O que significa que se tornaria uma entidade privada, sem fins lucrativos, classificada como organização social.

Na mesma reunião, ocorrida na terça-feira, 10, em que se propôs o fim da Ceitec, a secretária do PPI, Martha Seillier recomendou ainda a contratação de consultoria para realizar estudos especializados sobre a viabilidade da privatização da Telebrás. No dia 5 de junho, a Telebras havia soltado comunicado ao mercado no qual informava que não haveria contratação de empresa externa para a realização dos estudos.

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