Poucos lançamentos, mas muita tecnologia no Febraban Tech

A maioria dos stands da Febraban Tech esteve voltada às tecnologias que irão sustentar o Open Finance e o novo sistema financeiro.
Poucos lançamentos, mas muita tecnologia no Febraban Tech - Crédito: Febraban Tech
Crédito: Febraban Tech

Com um público de 25 mil pessoas, o Febraban Tech terminou ontem, 11, com muitas promessas para o futuro de que novos serviços a serem lançados terão tão rápida aceitação como o que foi o Pix. Na feira, que reuniu conhecidas marcas transacionais, com pequenas mas ousadas startups, poucos foram os lançamentos, mas a maioria dos stands estava voltada para apresentar as tecnologias que irão sustentar o open finance e todas as demais demais promessas que irão assegurar os mais e melhores serviços do novo sistema financeiro e “acompanhar toda a jornada do cliente”, novo mantra setorial.

Entre os produtos e serviços mais presentes nos stands estavam as mais diferentes soluções de segurança, que se tornou ainda mais relevante com os pagamentos instantâneos.

Segundo a ACI Worldwide, a adoção de pagamento em tempo real fez o Brasil subir quatro posições no ranking global da empresa, para a quarta posição, passando de 1,3 bilhão de transações para 8,7 bilhões no período de um ano, entre 2020 e 2021.

Para Eduardo Goni, country manager da empresa, o ingresso de novos entrantes com relevância nesse segmento – como os grandes markeplaces de e-commerce – irá demandar a cooperação entre os competidores e também tecnologias mais sólidas. “ A cadeia de pagamento em tempo real irá contar com muitos novos agentes que demandarão sistemas robustos de prevenção à fraudes”, afirmou Goni.

A Quod, por sua vez, que se dedica a um amplo portfólio antifraude, assinala que o Brasil segue como um dos países em que o cybercrime faz mais vítimas e, por isso, a empresa aposta no compartilhamento de casos confirmados de fraudes entre as próprias instituições financeiras.

Já o SAS apresentou durante os três dias do evento um sistema um sistema antifraude, por meio da simulação de uso indevido de um cartão de crédito, com o suporte das tecnologias de reconhecimento facial e inteligência artificial. Já a Diebold Nixdorf, que domina o mercado mundial de máquinas de dispensadores de cédulas, apresentava as suas novas máquinas, voltadas para os novos tempos do dinheiro digital, com soluções de autoatendimento modular, flexível e aberta.

O Grupo Stefanini, por sua vez, promete uma jornada imersiva e completa para o cliente. Empresas do grupo, como Topaz, Saque e Pague e Orbitall Payments, disponibilizam inovação tecnológica que possibilitam uma experiência diferenciada na ponta. “Hoje a Topaz é uma das maiores empresas de tecnologia voltadas para o mercado de banking e líder em soluções de prevenção e combate à fraude e de core bancário”, afirma Jprge Iglesias, CEO da Topaz.

Já a Berghem – Smart Information Security, empresa brasileira de consultoria e serviços de cibersegurança, oferece o hacking ético, que defende como essencial para a verificação de possíveis vulnerabilidades, seja em sistemas internos ou nos aplicativos utilizados pelos clientes das instituições financeiras.

Matteo Nava, CEO da Berghem, chama atenção para a importância e vantagens de os sistemas nascerem seguros, pois “agora, com o método DevSecOps, é possível combinar segurança e negócios. Já ficou para trás a mentalidade de implementar determinada aplicação ou funcionalidade com vistas a acelerar negócios deixando para depois se preocupar com as falhas de desenvolvimento. Hoje está claro que os prejuízos, nesse caso, são bem maiores que as vantagens”, concluiu.

 

 

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Redação DMI

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