PMEs têm maior potencial de mercado para nuvens, avalia diretor da TIM

O argumento é que grandes indústrias poderão investir em nuvens com core dentro de suas próprias instalações, enquanto PMEs precisarão contratar o serviço de provedores para obter gerenciamento em nuvem
INOVAtic PAINEL 3 - Abrindo novos horizontes com a nuvem e fatiamento das redes - Crédito: TV.Síntese. PMEs
INOVAtic PAINEL 3 – Abrindo novos horizontes com a nuvem e fatiamento das redes – Crédito: TV.Síntese

O grande mercado de nuvem para provedores de serviços está dentro das Pequenas e Médias Empresas (PMEs), analisa o diretor de Soluções Corporativas da TIM, Paulo Humberto Gouvêa, hoje, 25, no INOVAtic.

Gouvêa explica que as grandes indústrias poderão ter o core dentro da própria planta da fábrica, operando em nuvem privada. As PMEs não terão essa capacidade de investimento, o que abrirá espaço para os provedores com o gerenciamento do ambiente de nuvem.

“O papel do provedor vai ser de levar esse processamento mais próximo, aumentar SLA, diminuir latência e prover um serviço pra diversas empresas que vão depender de um provedor de serviços que integre todas essas funções”, comentou o diretor.

Nesse caso, os ISPs também constituem um mercado com bastante potencial, conforme fala do diretor de Parcerias da Huawei Cloud, Marcelo Morais. Isso porque são empresas que focam em seu negócio principal e, portanto, precisarão de contratar serviços para tirar proveito da nuvem. Morais concorda com Gouvêa ao afirmar que, em alguns servidores, o provedores servirão para habilitar as características da nuvem com capacidade computacional.

“A gente vai conseguir processar essa informação e criar inteligência artificial, que nada mais é do que entender todos esses dados  e com base em machine learning fazer o cruzamento das informações e começar a sugerir tomada de decisão pro usuário na ponta”, disse.

Durante o evento, Morais afirmou que a Huawei detém cinco data centers e duas zonas de disponibilidade no Brasil. A TIM disse ter 46 data centers espalhados pelo país, em busca de corresponder a demanda por maior regionalização exigida para missões críticas que necessitam de redes de pequenas latências.

A operadora também irá migrar sua infraestrutura de TI de forma completa para a nuvem até 2023, conta Paulo Gouvêa. Além disso, a empresa tem 46 Multi-access edge computing (MEC), mas deverá chegar a 67 MECs em 2023.

Network slicing

Por sua vez, o gerente de Produto da Embratel, Cristiano Moreira, destacou que  5G será um “elemento de orquestração” e integração do 5G New Radio, edge e rede de transporte. “Essa orquestração da aplicação com a computação, com IA, garantindo a qualidade SLA é o verdadeiro diferencial da 5g. Nele, se baseia o network slicing”, comentou.

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Ramana Rech

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