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PLC 79 mudará o paradigma do setor, diz Gebara, presidente da Vivo

Para Christian Gebara, o Brasil tem um gap digital que precisa ser suplantado e, para isso, amarras que desestimulam os investimentos privados devem ser removidas.
Brasilia, 22 de maio de 2019 – Telebrasil 2019 – Foto: Saulo Cruz / Themapress

Mesmos com  a decisão de  aumentar em R$ 1 bilhão os investimentos no Brasil este ano (passando de R$ 8 bilhões para R$ 9 bilhões), o presidente da Telefônica Vivo, Christian Gebara, alinhou as principais  carências por infraestrutura da sociedade brasileira e os entraves enfrentados pelas operadoras para  avançar com a banda larga e a oferta de serviços. Para o executivo, a aprovação do PLC 79 – que modifica o atual marco legal do setor de telecomunicações, antecipando o fim das concessões de telefonia – mudará o atual paradigma, pois irá fazer com que as empresas deixem de investir em tecnologias legadas, velhas.

Gebara assinalou  também que as empresas enfrentam outros grandes problemas, como a alta carga tributária e a dificuldade de instalação de antenas de celular. “Existem mais de 300 leis para a instalação de antenas no país”, assinalou.

O executivo disse  que a modernização do regulamento de qualidade – em estudo pela Anatel- deveria liberar as operadoras para atender seus usuários digitalmente e não mais serem obrigadas a enviar contas telefônicas em papel, por exemplo.  “O retorno sobre o capital já está menor do que o custo do capital”, alertou.

E os desafios brasileiros são enormes, elencou:” O Brasil tem um gap digital. 33% da população não usa internet; 45% das pessoas não têm smartphone 4G; 87% da população náo tem disponível fibra acima de 34 Mbps. Apenas 28% das crianças têm computadores com internet nas escolas ou somente 15% dos municípios brasileiros têm tecnologia para utilizar prontuários digitais”.

 

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