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Plano de IoT é ponto de partida para muito trabalho que vem pela frente, diz Abes

Werter Padilha, que coordena o tema na entidade, afirma que, a princípio, o texto do decreto publicado ontem atende aos anseios dos empresários do setor, mas entende que é preciso uma análise mais acurada

O decreto que instituiu o Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT) teve repercussão positiva no setor de TICs, embora seja considerado como o ponto de partida de muito trabalho que vem pela frente. “É como uma certidão de nascimento, um script para o longo caminho que ainda precisa ser percorrido, um ponto de partida, mas que oficializa a Câmara de IoT e todo o esforço que vem sendo desenvolvido pelo BNDES”, disse o coordenador sobre o tema da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), Werter Padilha.

Para Padilha, a definição da IoT como serviço é coerente e traz segurança jurídica para uma taxação menor. O entendimento inicial é de que como Serviço de Valor Adicionado, os chips para conectar coisas estariam livres das taxas cobradas pelo Fundo De Fiscalização das Telecomunicações (Fistel); enquanto os serviços prestados estariam livres do ICMS. Porém, reconhece, é preciso uma análise mais completa do texto publicado nesta quarta-feira, 26.

Padilha, que também representa a Abes na Câmara de IoT, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, viu como positiva as vertentes de atuação do plano, as mesmas definidas no estudo desenvolvidos pelo BNDES. Pelo decreto, serão priorizados projetos para as áreas de saúde, cidades, indústria e rural. Mas a atuação poderá ser expandida por meio de ato do MCTIC, a partir de critérios de oferta, de demanda e de capacidade de desenvolvimento local.

O decreto, no entanto, limita a participação na Câmara IoT apenas para representantes dos ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, que a coordenará; Da Economia; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; da Saúde e do Desenvolvimento Regional. E ainda proíbe a criação de subcolegiados.

“Agora é partir para a sintonia fina do plano”, defende Padilha. A proposta de decreto estava na Casa Civil há mais de um ano, ainda no governo Michel Temer e sua publicação surpreendeu os empresários, que já estavam desanimados com o andamento do tema, acrescentou.

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