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Congresso nacional

PL das Fake News deve sair mais enxuto da Câmara, diz líder do governo

Bolsonaro disse que, antes de vetar a matéria, pretende fazer consulta pública sobre a proposta que for aprovada na Câmara
Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia / Foto: Banco de Imagens/Câmara dos Deputados

O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), disse hoje, 3, que o texto do projeto das Fake News com certeza será modificado na Câmara e retornará mais enxuto para avaliação dos senadores. Há manifestações de vários parlamentares base governista contra a proposta aprova na terça-feira passada, 30, no plenário do Senado.

“A votação, 32 a 44 [no Senado], foi uma das mais apertadas do ano. O ideal seria esperarmos um pouquinho. Deixar tramitar uns dois dias na Câmara para sentir a temperatura. Aí, analisamos melhor. É um texto difícil de criar consenso”, disse Gomes.

Para o  líder da minoria, José Guimarães (PT-CE),  o assunto precisa de mais discussão. “Temos que olhar esse projeto com uma lupa. Não podemos votar qualquer projeto que não passe por uma análise muito criteriosa. Não temos nem opinião favorável se concordamos ou não. Na última semana todos estávamos focados em discutir o adiamento das eleições”, disse Guimarães.

Grupos como o MBL (Movimento Brasil Livre), que tem forte atuação em redes sociais trabalham contra a pauta. Um dos fundadores do grupo, o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), é contrário ao projeto.

Já os contrários à pauta, ao longo da semana, disseram ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), temer que ele pode sofrer ataques em redes sociais e colocar o projeto em votação. Além disso apontam que o texto restringe a liberdade de expressão e resgata a censura.

Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro já sinalizou que pode vetar o projeto se for aprovado.  Na noite de ontem afirmou e disse que fará consulta popular sobre o assunto. O tema é sensível a apoiadores do presidente que são alvo de investigações contra fake news pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

“Com todo respeito ao Parlamento, faz parte do jogo democrático, mas se aprovado na Câmara, vou fazer uma consulta popular do que vai ser vetado ou não. Por mim, liberdade total nas mídias sociais”, completou em live nas redes sociais.

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