Receita e PF deflagram operação contra crimes com criptoativos

Desvio de fundos, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro foram alguns dos supostos crimes identificados.
Receita e PF deflagram operação contra crimes com criptoativos - Crédito: Freepik
Crédito: Freepik

A Polícia Federal, em ação integrada com a Receita Federal, deflagrou nesta quinta-feira, 22, a Operação Colossus com o objetivo de combater organização dedicada a crimes de lavagem de dinheiro que utilizava um intrincado sistema de remessas de recursos ilícitos ao exterior através da compra e venda de criptoativos.

Estima-se que, inicialmente, mais de R$ 2 bilhões teriam sido movimentados em operações de câmbio suspeitas. Tais recursos ingressaram e circularam pelo sistema financeiro oficial, mediante empresas de fachada, sem capacidade econômico-financeira, e transitaram por contas de passagem até a sua conversão em criptoativos que poderiam ser utilizados no exterior.

Desvio de fundos, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro nacional foram alguns dos supostos crimes identificados, cujos recursos foram movimentados por meio desse esquema.

Empresas de fachada em SP

Um grupo das Exchanges era responsável pela compra dos ativos virtuais dos arbitradores e a sua revenda para pessoas físicas e jurídicas, “com fortes indícios de envolvimento em ilícitos antecedentes”, segundo a PF.

Já um outro grupo era formado por empresas de fachada que adquiriam os criptoativos das Exchanges com a finalidade de lavagem de dinheiro.

De acordo com a PF, entre os clientes havia pessoas mortas, beneficiários de programas assistenciais, idosos com mais de 90 anos, doleiros, contrabandistas e comerciantes de bairros de comércio popular de diversas cidades do país, em especial do Brás e da 25 de Março, em São Paulo.

Ao todo, mais de 40 instituições financeiras movimentaram recursos dos investigados. Em certos casos, algumas dessas instituições, ao detectarem tais movimentações suspeitas, comunicaram tais fatos ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e encerraram relacionamento com os clientes investigados.

Foram expedidos mandados de busca e apreensão pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, que estão sendo cumpridos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina.

Participam da operação 28 servidores da Receita Federal e aproximadamente de 130 policiais federais.

(com assessorias)

Avatar photo

Redação DMI

Artigos: 1765