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PEC 55 acelerou investimento em radiocomunicação, diz Motorola Solutions

Setor público correu para fechar contratos e ampliar o teto dos gastos para os próximos anos fiscais.
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O Lex L10, um dos aparelhos de segurança vendidos para o setor público pela empresa neste ano, no Brasil

A proposta de emenda constitucional 55, promulgada hoje, 15, pelo Congresso Federal, deu um empurrãozinho para a Motorola Solution, fabricante de hardware de radiocomunicação de missão crítica e desenvolvedora de soluções de segurança.

Segundo Elton Borgonovo, presidente da empresa no Brasil, o governo federal e alguns estados procuraram fechar contratos este ano com a intenção de elevar o teto de investimentos que poderão praticar no futuro. “Ao contrário do que pode parecer, a PEC dos gastos acabou alavancando negócios, acelerando a necessidade de investimento pelo governo neste ciclo fiscal para garantir que os gastos fossem mantidos no próximo ano”, falou a jornalistas nesta quinta-feira.

O executivo se diz satisfeito com os resultados da companhia neste ano. A Motorola Solutions apresentou crescimento “single digit”, ou seja, de um dígito, em 2016 no Brasil. O resultado definitivo não pode ser comentado por política global e porque o ano ainda não se encerrou. “Nos próximos 15 dias acredito que ainda fecharemos novos contratos”, afirmou.

Neste ano, a Motorola Solutions comemorou a venda de soluções e serviços para empresas do setor de papel e celulose, petrolífero e de transporte público. Em segurança pública, concluiu a implementação de sistema de radiocomunicação no Maranhão no começo do ano. No terceiro trimestre, ganhou licitações para fornecer a radiocomunicação policial nos Estados de Minas Gerais e Paraíba, primeira unidade da federação a ter cobertura plena em todo seu território.

Em todos os casos, o contrato prevê a digitalização do rádio analógico para o digital. No caso de MG, será usado o sistema P25 (padrão norte-americano), enquanto na PB, o TETRA (europeu).

Conforme seu balanço financeiro mais recente, a empresa espera fechar o ano com crescimento no mundo de até 6%. No terceiro trimestre do ano registrou aumento de 8% nas receitas, que somaram US$ 1,5 bilhão. A América Latina foi, no entanto, a região com pior performance e única a encolher no período, terminando setembro com receita de US$ 70 milhões, 17% menor que um ano antes.

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