Anatel propõe mudar regulamento do espectro para ampliar seu uso

Gustavo Borges, da Anatel, voltou a defender que os recursos arrecadados no leilão sejam prioritariamente investidos em infraestrutura.

 

Hoje, 26, na webinar do Futurecom 2020, foi discutido a democratização do 5G nas periferias, áreas rurais e interior do Brasil. O superintendente de Controle de Obrigações da Anatel, Gustavo Borges, reafirmou que o investimento em infraestrutura 5G deve ser uma das principais aplicações do valor arrecadado com o leilão. Ele ainda destacou que, para maior acessibilidade do 5G, seria necessário aperfeiçoar o Regulamento de Uso do Espectro de Radiofrequências. Um dos problemas da regulação é que ela possibilita empresas comprarem espectros sem, realmente, fazer uso deles, assinalou.

Marcio Kanamaru, sócio-líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da KPMG, declarou que o 5G nas periferias depende da atuação estatal para “destravar amarras”, sem se tornar um “Estado superlativo”. Também, o leilão 5G precisa ter um caráter não arrecadatório. Assim,  esse montante poderia ser utilizado para investir em 5G em áreas menos “economicamente atraentes” para inciativa privada, segundo ele.

Já para a diretora Executiva da Abrint (Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações),  Alessandra Lugato, a grande expectativa com o 5G é que os pequenos provedores possam chegar ao interior do país, levando altas velocidades. Marcelo Romão, diretor de Banda Larga substituto do Ministério das Comunicações, comentou que o 5G é uma tecnologia com capacidade de democratizar o acesso à internet. Mas as  operadoras regionais precisam ser viabilizadas para que haja a presença da nova tecnologia no campo.

Ramana Rech é estagiária de jornalismo do Tele.Síntese

 

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Ramana Rech

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