Para Anatel e Abrint, leilão do 5G já supera as expectativas

Presentes ao Inovatic, Emmanoel Campelo, vice-presidente da Anatel, e Cristiane Sanches, da Abrint, disseram que o número de interessados nesta fase do leilão 5G demonstra a relevância da disponibilidade do espectro para a ampliação da conectividade no país
Emmanoel Campelo, conselheiro da Anatel - Crédito: TV.Síntese
Emmanoel Campelo, conselheiro da Anatel – Crédito: TV.Síntese

O interesse no leilão do 5G já supera as expectativas em relação à referida concorrêcia, segundo Anatel e Abrint. As observações foram apresentadas nesta quarta, 27, durante o painel de encerramento do Inovatic.

Participaram Emmanoel Campelo, conselheiro da Anatel, e Cristiane Sanches, conselheira da Abrint. Os dois se manifestaram ao vivo, poucos minutos após a divulgação de 15 empresas interessadas.

“Superou nossas expectativas. Tínhamos nomes, mas mera especulação”, contou Campelo.

“Isso é muito positivo. Eu diria que superou à medida que todas as s especulações se concretizaram”, falou o conselheiro da agência reguladora.

“Também acho que superou expectativas em número de empresas. Com certeza vai ser uma boa disputa”, falou Sanches. “É possível que haja ágio em alguns lotes”, disse.

Ela acredita que ao menos três regiões do Brasil terão ofertas rápidas. “Creio que o sul do país estará bem servido em oportunidades. Sudeste e centro oeste já é natural, e o nordeste tem um titular muito nítido”, avaliou, após ver a lista dos 15.

Faixas específicas

Nem todas as faixas estão no leilão, mas isso não diminuiu o interesse de compradores, segundo Campelo. “Acredito que ter colocado uma proposta em consulta pública não afastou gente do leilão. A proposta sugere ampliar espectro na faixa dos 700 MHz e também fala sobre o de 850, para segurança pública. Mas não acho que isso tenha afastado empresas da disputa. A ideia é buscar maior eficiência no uso do espectro.”

O conselheiro disse que, na verdade, não daria para incluir essas frequências nesse leilão: “Ainda que fosse desejável, não faria sentido segurar o leilão por causa de pedaços”.

“Concordo com o Campelo. O edital não poderia esperar por essa regras”, falou Cristiane Sanches.

Não se espera sobra de espectro, de acordo com Campelo, mas caso não haja demanda por alguma faixa, a Anatel vai analisar o que fazer em cada caso específico. “As ações dependerão da quantidade de espectro disponível. Qualquer opinativo, nesse momento, seria prematuro.”

Contou que avaliou-se incluir no edital a possiblidade de sobras, “mas o TCU entendeu necessário o chamamento público, para avaliação após licitação”.

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José Norberto Flesch

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