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Pagamento de serviços digitais via operadoras vai movimentar US$ 47 bilhões em 2020

Carrier billing movimentou US$ 11,3 bilhões em 2015, no mundo.

conta-pagamento-cartao-maquina-de-debito-creditoaplicatico-celular-meio-de-pagamentoA Juniper Research divulgou hoje, 11, estudo em que calcula o montante movimentado pelas operadoras ao intermediar o pagamento de serviços digitais para as empresas over-the-top (OTTs). Segundo o material, até 2020, as teles vão faturar US$ 47 bilhões para as empresas de conteúdo digital. Em 2015, o valor movimentado foi de US$ 11,3 bilhões.

O crescimento vai acontecer em função da adesão de lojas de aplicativos, como Google Play e App Store, da Apple, de aceitar pagamentos por intermédio das contas telefônicas – o chamado carrier billing. A Apple já testa a iniciativa na Alemanha e na Rússia. Ao permitir tal cobrança, as lojas de aplicativos conseguem atrair clientes não bancarizados em mercados emergentes. Sem as operadoras, estes clientes são obrigados a recorrer a gift cards, o que por sua vez exigem custos com a logística de distribuição e suporte a revendas.

Também entram na conta da Juniper o surgimento de tecnologias que vão exigir cobrança rápida, como carros conectados e entretenimento de bordo.

O estudo mostra, porém, que para a estratégia ser bem-sucedida, as operadoras deverão mudar suas estratégias de cobrança. Baixos de limites de crédito pré-pago podem ser ruins para o consumo de aplicativos. “Com um limite de gasto diário de US$ 20 os consumidores ficam limitados no quanto podem consumir, especialmente quando se fala em pacotes dentro dos aplicativos que custam perto disso”, diz Windsor Holden, responsável pela pesquisa.

Como exemplo, ele cita os pacotes de “gemas” do game Clash of Clans, cujos preços se aproximam dos US$ 20. “Os custos de atendimento de um cliente insatisfeito com comprar de alto valor são menores que tempo gasto com um consumidor que recorre ao teleatendimento insatisfeito por compras que não foram concluídas”, completa.

O levantamento não contesta, porém, o crescimento do cartão de crédito ou débito. Até 2020, 69% das transações se darão por estes meios. Compras de produtos digitais de maior valor, em TVs conectadas e consoles de videogame, provavelmente serão feitas na quase totalidade por plástico. (Com assessoria de imprensa)

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