Padronização de APIs ainda é desafio para redes neutras

Segundo debatedores, a integração promovida pela AWS na nuvem é exemplo a ser seguido
Crédito: Freepik.
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A padronização de APIs e sistemas ainda é um desafio para operação das redes neutras no Brasil. A avaliação é do CTIO da Oi, Ricardo Drumond, em debate nesta segunda-feira, 16. A operadora, que tem mais de 3,5 milhões de clientes de banda larga fixa, não possui mais nenhum par de fibra e depende da V.tal para a oferta de serviço.

Para Drumond, a facilidade oferecida pela AWS na operação de serviço de nuvem, que independe de interação com funcionários, é um exemplo a seguir. Para a prestadora, o desafio é ofertar mais serviços digitais na casa do cliente.

Para o diretor de Engenharia e Serviço da Vero Internet, Rodrigo Rescia, a padronização já faz parte do DNA do ISP, que tem se destacado na aquisição de provedores menores. Ele acredita que é possível trabalhar com vários parceiros de redes neutras, em virtude da similaridade dos APIs.

A Vero trabalha com a V.tal desde 2021, com a conexão total de duas cidades de Minas Gerais, Ubá e Sete Lagoas. Segundo Rescia, a experiência tem sido de sucesso e a interação das duas empresas tem garantido a qualidade do serviço prestado ao consumidor.

O diretor de Área da V.tal, Sandro Simas, no caso da Vero, a integração envolve também a rede própria da operadora. Ele afirma que o Portal de Desenvolvedores da empresa já é praticamente 100% aberto, o que facilita a integração.

A V.tal já tem 25 clientes em fase de implantação o que, na avaliação de Simas, muda o paradigma de criticidade. “Uma suspensão de operação pode interferir em várias operadoras”, afirma. Para isso, trabalha em uma arquitetura de rede com microssistemas mais fortes.

O debate sobre redes neutras e os desafios para padronização foi promovido hoje, 16, pelo site Teletime.

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Lúcia Berbert

Lúcia Berbert, com mais de 30 anos de experiência no jornalismo, é repórter do TeleSíntese. Ama cachorros.

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