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Consulta Pública

OTTs e fabricantes apoiam adoção imediata do uso da faixa de 6 GHz para WiFi

“É a escolha necessária e correta para o Brasil”, ressaltam as empresas, em contribuição conjunta

Apple, CA Programas de Computador, Broadcom, Cisco do Brasil, Facebook, Google, Hewlett-Packard Brasil, Intel Semicondutores, Microsoft do Brasil,  Qualcomm e Arris, em contribuição conjunta à consulta pública da Anatel, aprovam a proposta de utilizar a faixa 5.925 a 7.125 MHz para acesso a WiFi não licenciada. “É a escolha necessária e correta para o Brasil”, ressaltam.

Para as empresas, esse é um passo crucial para a eliminar a brecha digital no Brasil. Facilita a disponibilização do acesso à banda larga a um baixo custo, assegurando que os cidadãos e as empresas brasileiras possam se beneficiar ao máximo da mais recente e mais avançada tecnologia não licenciada.

– Como reconhecido pela Anatel na consulta pública, a pandemia global de 2020 destacou a necessidade crítica de que os lares tenham acesso a conexões de banda larga robustas. Quase todas os países, incluindo os Estados Unidos, não dispunham da conectividade universal extremamente necessária para lidar com o ensino e o trabalho à distância”, observaram as empresas. De acordo com elas, mesmo com escolas fechadas, as redes Wi-Fi instaladas em escolas e bibliotecas – ou em ônibus escolares que podem ser levados para áreas periféricas -, têm desempenhado um papel importante para que os alunos possam permanecer online.  “Não é surpresa que tanto a FCC quanto a Ofcom tenham decidido disponibilizar a faixa de 6 GHz para uso não licenciado, mencionando o cenário da atual pandemia e destacando a premente necessidade de fazê-lo”, avaliam.

Levantamento das empresas indicam que o número de dispositivos em uso está se multiplicando e, ao mesmo tempo, estes dispositivos têm se tornado ainda mais capazes. No Brasil, o número de dispositivos Wi-Fi na borda de uma conexão de banda larga fixa está crescendo, aumentando de 266 milhões em 2018 para 421 milhões em 2023, estimam.

Para as empresas, cerca de 76% destes dispositivos estarão na categoria de consumidores. Tablets e laptops continuam a complementar o smartphone, particularmente para o ensino a distância e teletrabalho. A cada lançamento de novos modelos, processadores mais potentes, melhores tecnologias de tela consumindo mais dados, câmeras melhoradas e maior armazenamento de dados, são apenas algumas das métricas que estão sujeitas a melhorias contínuas pelos fabricantes de dispositivos.  Estes dados são frequentemente sincronizados entre tais dispositivos usando espectro não licenciado.

Segundo as empresas, equipamentos não licenciados estão prontos para o mercado brasileiro em 2021. “Atrasar a decisão sobre os requisitos para o uso da faixa de 6.425 a 7.125 MHz produz um resultado abaixo do ideal para os consumidores brasileiros”, frisam.

OTTs e fabricantes concordam que, não apenas o novo espectro em 6 GHz suportará a mais recente tecnologia (Wi-Fi 6E), mas também suportará os outros que virão, como o Wi-Fi 7 já em andamento. O Wi-Fi 7 terá canalização de até 320 MHz para suportar inúmeras aplicações da próxima geração. As larguras de banda de 320 MHz tornam necessárias uma larga faixa de espectro para que vários canais possam ser suportados, o que corrobora ainda mais a conclusão do Spectrum Needs Study da Wi-Fi Alliance (2017) de que, atualmente, aproximadamente 1.200 MHz de espectro precisam ser identificados para o uso não licenciado.

As propostas de alteração na regulamentação apresentadas apoiam a inclusão de equipamentos indoor de baixa potência e equipamentos de potência muito baixa, que devem ser prontamente adotadas. Além disso, incentivam a operação em potência padrão/AFC (Standard Power – SP).                      

E concluem: É necessário adotar, de imediato, as novas regras.

 

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