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Impostos

Setores desonerados contrataram mais em janeiro que os demais

Comparação é da Brasscom, entidade que defende manutenção da política, atualmente em disputa entre Governo e Congresso Nacional

Crédito: Freepik

A Brasscom, Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais, divulgou nesta terça-feira, 26, um comparativo a respeito dos setores com folhas de pagamentos desonerados e os não desonerados.

A entidade é defensora da continuidade da política, que beneficia 17 setores. O governo quer extinguir por entender que compromete a arrecadação.

A desoneração da folha de pagamentos é a substituição tributária da contribuição previdenciária convencional, de 20% sobre o valor das remunerações de cada funcionário, por um tributo único sobre a receita bruta da empresa. Por isso, diz a entidade, não deve ser encarada como um benefício.

Por seus cálculos, os 17 setores contemplados pela desoneração respondiam por 9,14 milhões de empregos formais no Brasil em janeiro. Apenas no primeiro mês do ano, estes setores contrataram 80,9 mil pessoas.

“O crescimento registrado dos 17 setores juntos foi de 0,9%, enquanto os empregos nacionais tiveram um crescimento inferior de 0,3% em janeiro de 2024”, observa a Brasscom no material. A comparação foi feita com base em números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged.

Com base na expansão do começo deste ano, conclui: “Sem a política, deixariam de ser gerados 815.382 empregos no período de janeiro de 2019 a janeiro de 2024”.

A associação diz também que, em janeiro de 2024, o salário médio dos 17 setores foi 15,4% maior que o dos setores sem desoneração.

A Brasscom afirma que com esses empregos adicionais, a União e a previdência arrecadaram R$ 19,4 bilhões a mais em 2023. Na conta, considera a contribuição a INSS, IRPF, FGTS, alíquota adicional de Cofins Importação.

No setor de tecnologia, que padece com a falta de mão de obra especializada, a média de contratações em janeiro também ficou acima da média (0,4%) de setores desonerados (0,3%). A área contabilizava 709,6 mil trabalhadores, 2,6 mil a mais do que em dezembro de 2023. (Com assessoria de imprensa)

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