Operadoras tiveram 4 milhões de metros de cabos roubados em 2021

Quantidade de cabos roubados ou furtados das operadoras caiu 11% em média no país. No Rio Grande do Sul, no entanto, o problema cresceu, e o crime aumentou 75% em 2021.

Durante o ano de 2021 foram furtados ou roubados 4,12 milhões de metros de cabos de telecomunicações pertencentes às operadoras. Essa quantidade, por mais um ano, seria suficiente para cobrir a distância entre o Oiapoque, no extremo norte do Brasil, até Chuí, no extremo sul. As ações criminosas deixaram mais de 6 milhões de clientes sem acesso a serviços de comunicação e, com isso, privados de contato com serviços essenciais como polícia, bombeiros e emergência médica, segundo a Conexis, entidade que representa as operadoras Algar, Claro, Oi, Sercomtel, TIM e Vivo.

São Paulo segue sendo o estado que mais sofre com o roubo e furto de cabos de telecomunicações. Durante o ano passado foram furtados 1,081milhão de metros. Em segundo lugar ficou o estado do Paraná, com 608,5 mil metros de cabos furtados ou roubados, seguido pelo Rio de Janeiro, com 504,1 mil metros. No Rio Grande do Sul, estado que ocupou a quarta posição, a quantidade de cabos furtados aumentou 75% em 2021 na comparação com 2020, passando de 187.676 metros para 328.959 metros.

Ao longo de todo o ano de 2021, principalmente no segundo semestre, o setor intensificou o diálogo com autoridades federais, estaduais e municipais para a promoção de ações de combate ao furto, roubo e vandalismo de cabos e equipamentos. Como reflexo dessas ações, em 2021, foi registrado um volume de cabos roubados 11% menor que o registrado em 2020, quando foram furtados ou roubados 4,6 milhões de metros

O setor de telecomunicações tem defendido uma ação coordenada de segurança pública envolvendo o Judiciário, o Legislativo e o Executivo, tanto o federal quanto os estaduais e municipais, e a aprovação de projetos de lei que aumentem as penas desses crimes e ajudem a combater essas ações criminosas.

O setor também defende a punição de empresas que compram equipamentos furtados ou roubados, além da mudança da regra que penaliza as operadoras quando o serviço é interrompido em decorrência do crime.

Outro problema relatado pelas operadoras é o bloqueio de acesso das equipes das prestadoras para a manutenção de seus equipamentos, usados para a prestação do serviço.

As operadoras ficam sem acesso aos equipamentos e impedidas de dar a manutenção necessária à prestação do serviço, assim como para a eventual substituição dos itens roubados. Já os consumidores ficam privados dos serviços ou obrigados a contratá-los de empresas ilegais, controladas pelo crime organizado, sem quaisquer direitos, garantias e sujeitos a preços abusivos.

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Da Redação

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