Operadoras não querem revelar capacidade excedente de suas torres

Mapear capacidade excedente de todo o parque é custoso, demorado, e não necessariamente viabilizará projetos de compartilhamento, defende Sinditelebrasil

shutterstock_ gui jun peng_Infraestrutura_concessionaria_operadora_posteO SindiTelebrasil, sindicato que reúne as operadoras de telecomunicações, também contribuiu com a consulta pública sobre o regulamento de compartilhamento de infraestrutura. Em seus envios, a entidade ressaltou preocupação das operadoras em expor publicamente, através do SNOA, o sistema de comercialização eletrônico da Anatel, a capacidade excedente de suas torres.

No entender da entidade, a via deve ser a inversa, em que uma empresa que queira usar a infraestrutura informará a necessidade do projeto, para então a detentora da infraestrutura verificar a disponibilidade. “Atualmente o sistema eletrônico indicado pela Anatel (SNOA/SOIA) não tem a informação da capacidade excedente da infraestrutura, na medida em que é de suma importância entender com a prestadora solicitante o escopo e a dimensão do projeto”, afirma.

Exigir que as empresas preencham o SNOA com os dados só vai gerar custos. “Para o levantamento da capacidade excedente será necessário contratar empresa terceirizada. Exigir a disponibilização da capacidade antes da demonstração de necessidade pela prestadora solicitante é trazer ônus desnecessário, pois nem todas as torres serão objeto de requerimento de compartilhamento, desperdiçando capacidade financeira/capital humano no levantamento de informações que serão complementadas ou completamente alteradas a partir da apresentação do projeto técnico da requerente”, argumenta.

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Rafael Bucco

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