Operadoras não escapam do tombo generalizado da bolsa

Ações de Oi, TIM, Vivo e Telebras operam em queda acentuada nesta segunda-feira, 9, diante de notícias de disseminação do novo coronavírus e desvalorização do barril de petróleo, o que mexeu com os mercados em todo o mundo.

As operadoras de telecomunicações que têm capital aberto no Brasil não escaparam do tombo dos mercados nesta segunda-feira, 3. O Ibovespa, índice que mede a valorização de uma cesta com as principais ações negociadas no país, opera em queda de 11,82% neste momento (15h50). Isso mesmo depois de a B3 ter paralisado momentaneamente os negócios a fim de segurar as perdas.

As operadoras de telecomunicações que negociam ações no mercado brasileiro são Oi, Vivo, TIM e Telebras. Dessas, a Oi enfrenta a maior desvalorização. Os papeis ordinários (com direito a voto) da companhia estão em queda de 8,99%, vendidas a R$ 0,81. As ações preferenciais operam em baixa de 9,45%, negociadas a R$ 1,15.

A Telefônica Brasil (Vivo) também cai. Seus papéis ordinários (VIVT3) são vendidos nesta tarde a R$ 48,37, tombo de 5,42%. As ações preferenciais (VIVT4) são negociadas com 4,32% de deságio, a R$ 54.

As outras duas operadoras com ações à venda na bolsa brasileira seguem a tendência. A TIM (TIMP3) opera com perdas de 4,35%, comercializada a R$ 15,60. Já a estatal Telebras (TELB4) amarga a maior desvalorização, de 11,32%, valendo R$ 20,28.

Cenário

O motivo para a forte retração vista no mercado financeiro nesta segunda-feira reside na conjuntura econômica mundial. Durante o fim de semana, notícias de que o novo coronavírus se espalhou em ritmo acelerado por mais países além da China minaram a confiança na normalização das cadeias globais de suprimentos. No Brasil mesmo chegou-se 25 casos confirmados, seis dos quais apenas no domingo. Há casos em Alagoas, Bahia, Distrito Federal, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Outro fator, talvez o preponderante para o derretimento dos mercados hoje, é a desvalorização do barril de petróleo. Isso aconteceu devido à falta de acordo entre a Rússia e os países que formam a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Uma reunião de cúpula aconteceu na última semana na tentativa de coordenar uma diminuição da produção mundial de barris, mas não conseguiu chegar a um acordo. Em função do Covid-19, os mercados estimam que haja desaquecimento do consumo mundial, o que levará a uma sobra dos estoques de petróleo – daí sua forte desvalorização diante das notícias de que a Rússia e a Arábia Saudita não chegaram a um consenso. Os preços futuros do barril despencaram 31% no começo do dia. No momento, o barril do tipo brent opera em baixa de 24,64%.

[Atualização]

Após o encerramento do pregão, às 17h, o Ibovespa fechou com tombo de 12,31%. A Vivo ON terminou com desvalorização de 6,84%, enquanto a Vivo PN, com desvalorização de 6,82%. As ações ordinárias da Oi fecharam em queda de 10,11%, e as preferencias, de 11,02%. A TIM, caiu 7,36%. E a Telebras, 10,36%. As operodas TIM e Vivo ficaram entre os papeis do Ibovespa que menos se desvalorizaram neste dia. Já a Petrobras caiu 29,7%, tanto nos papeis ordinários, quanto nos preferenciais.

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Rafael Bucco

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