Mais de 1,5 mil municípios, só uma operadora de celular

Atualmente, 6% da população não pode escolher a sua operadora de celular, enquanto outras 84% das pessoas podem escolher entre quatro opções.

anatel-figura5-cidades-smpO Brasil é mesmo o país de contrastes. E o mercado de telefonia celular não poderia deixar de refletir isso. Embora o mercado brasileiro seja considerado um dos mais competitivos do mundo na área da telefonia celular pelo Índice Herfindahl-Hirschman (IHH), em termos de números de acessos por operadora, 6% de sua população só conhece uma única prestadora de serviço, ou 12 milhões de pessoas tem o serviço de uma única empresa.

E essas pessoas moram em 1,5 mil cidades brasileiras. Mesmo assim, as empresas estão lá por obrigação de cláusulas de editais da Anatel, já que  são essas as cidades as quais a Anatel acredita que não há mercado atraente.

Conforme o relatório da área técnica 84% da população brasileira mora em cidades com  quatro empresas de celular para escolher. Nas demais há pelo menos duas empresas competindo entre si.

Mas se a competição na telefonia móvel está equacionada no mercado nacional, há problemas de concentração em algumas unidades da federação, conforme apontam o relatório de mercado da Anatel. A Vivo, por exemplo, tem 76,7% do market share do Espírito Santo e 66,5% do mercado do Acre. A TIM, 56,1% do mercado do Paraná e 43,6% do mercado de Santa Catarina; e a Claro 42% da fatia de Goiás e 44,6% de Rondônia. A Oi tem poder de mercado no Ceará, Maranhão, Pernambuco e Paraíba.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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