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Satélite

OneWeb desiste de lançar 41 mil satélites e obtém dinheiro novo

Empresa ainda vai colocar no espaço 6,3 mil satélites LEO. E avisou que o Softbank volta à sociedade, com assento no conselho, após pagar US$ 350 milhões.

A operadora de satélites de baixa órbita (LEO) OneWeb prossegue em sua guinada estratégica. A empresa, que entrou e saiu de recuperação judicial em 2020, avisou nesta semana que redefiniu seus planos. Antes pretendia colocar em órbita 47.884 satélites. Agora, vai se contentar com 6.372 mil, informa comunicado do dia 13.

Segundo o grupo, isso não muda a proposta original de criação de uma vasta rede de satélites de órbita baixa em torno da Terra, capaz de entregar banda larga a velocidades próximas da fibra óptica. A simplificação da rede é já resultado da influência dos novos donos – o governo do Reino Unido e a empresa indiana Bharti Global – que exigiram corte de custos.

A nova administração também atraiu dinheiro novo. A japonesa Softbank, que era sócia da Oneweb, se recusou a fazer novos aportes na empresa no começo de 2020, levando à recuperação judicial, aparentemente reatou o relacionamento e investiu novamente na operadora de satélites. Hoje, as empresas divulgaram aporte de US$ 350 milhões da Softbank, e de outros US$ 50 milhões da Echostar (Hughes).

Com isso, a participação do governo britânico será reduzida a cerca de 30%. Porcentual semelhante será detido pela Softbank e pela Bharti. O resto fica com a Hughes.

Apesar da entrada de dinheiro novo, a OneWeb precisa de mais US$ 1 bilhão para se viabilizar, conforme informações do jornal Financial Times. Esse dinheiro deverá ser levantado com a entrada de mais sócios no grupo.

O dinheiro é necessário para lançar os satélites – até 2022, serão 648 unidades. E fazer frente à Starlink, rival pertencente ao bilionário Elon Musk e que já tem no espaço 600 satélites. A Oneweb tem em órbita 110 satélites.

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