Oi vê quase desaparecimento da telefonia fixa e prepara segregação da rede de cobre

Presidente da companhia, Rodrigou Abreu, prevê que em três anos a telefonia fixa vai "quase desaparecer" e que a Nova Oi trabalha forte na redução de custos para voltar a faturar R$ 15,5 bilhões.

Receita

A Oi trabalha em uma reestruturação da empresa com a finalidade de isolar a área de telefonia fixa. O objetivo, explicou Rodrigo Abreu, CEO da operadora, é segregar a área de concessão tendo em vista que o serviço está com os dias contados.

Após relatar as diferentes etapas pelas quais o grupo passou desde 2016 e o plano estratégico para recuperação, Abreu ressaltou: “O último elemento é resolver o legado que fica, que é resolução da concessão da telefonia fixa. Estamos reestruturando a empresa para segregar toda a operação de telefonia fixa de cobre para começar a desconstruir algo que vai quase desaparecer nos próximos três anos. Estamos segregando isso para dar todo foco específico em reduzir ao máximo possível o custo desse legado, seja consolidando operações, e seja atuando na frente regulatória, em arbitragem com a Anatel, o que para nós é muito crítico”, afirmou.

No ano passado o grupo Oi vendeu torres, data centers, imóveis e a Oi Móvel. Neste ano, vendeu o controle da unidade de fibra óptica Infraco, que já foi rebatizada para V.tal. O que restou da empresa é uma operação menor e mais leve, lembrou Abreu, focada na prestação de serviços para os clientes de banda larga fixa e mercado corporativo.

A área de telefonia fixa é parte dos negócios da empresa como concessionária. No momento, a tele questiona os contratos de concessão junto à Anatel. Há inclusive um processo de arbitragem aberto, que o executivo espera ser concluído de forma positiva para a Oi, resultando em grande redução de obrigações relacionadas ao Plano Geral de Metas de Universalização – que no caso da tele, chega a R$ 2,4 bilhões.

Abreu alertou que a empresa passa neste momento por um processo de intensa redução de custos, que reconheceu ser “dolorido”. Mas que é fundamental para que em três anos a empresa quase dobre a receita atual, e atinja faturamento de R$ 15,5 bilhões. Mesmo diante do cenário de quase fim da telefonia fixa, segmento no qual possui 9 milhões de clientes.

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Rafael Bucco

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