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Oi quer antecipar leilão do data center para o dia 19

Operadora apresentou petição nesse sentido junto à 7ª Vara Empresarial com o argumento de que precisa receber o valor da venda, de R$ 325 milhões, até o final deste ano

O Grupo Oi apresentou petição à 7ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro para antecipar, em uma semana, o início do leilão da UPI (Unidade Produtiva Isolada) Data Center. Com isso, quer transferir do dia 26 de novembro já para a próxima quinta-feira, 19, a entrega das propostas fechadas.

Segundo a companhia, a antecipação se justifica diante da expectativa de o Grupo obter os recursos financeiros da alienação do data center até o final de 2020. Alega que é o prazo previsto no plano estratégico do aditivo ao plano de recuperação judicial aprovado no dia 8 setembro na assembleia geral dos credores.

A UPI Data Center tem uma proposta vinculante com direito a cobrir a oferta mais alta, caso necessário, da Titan Venture Capital e Investimentos Ltda., que é subsidiária da  Piemonte Holdings. Nessa condição, a proponente terá o direito de igualar maior oferta durante o processo competitivo judicial.

Foram ofertados R$ 325 milhões, R$ 250 milhões à vista e R$ 75 milhões a prazo. O processo de venda de cinco data centers foi um dos primeiros a serem acertados pela Oi, ainda em junho deste ano. 

Com preço mínimo de R$ 1,067  bilhão, a venda da UPI Torres  tem sua conclusão também prevista para dezembro, conforme cronograma de vendas até o final de 2021 apresentado pelo CEO da Oi, Rodrigo Abreu, na sexta-feira passada, 13.

Tempo para imprevistos

Outra justificativa apresentada pelo Grupo para antecipar o leilão é assegurar mais tempo para as audiências virtuais que estão previstas, para o mesmo dia 26, com um intervalo de apenas 30 minutos. O primeira é a da UPI Data Center, vindo na sequência a da UPI Torres.

“A designação das audiências virtuais de abertura das propostas para alienação das referidas UPIs Data Center e Torres em datas distintas permitirá que ambas as audiências possam contar com maior tempo de duração, capaz de sanar eventuais imprevistos que possam vir a ocorrer”, argumenta a petição do Grupo Oi.

Em linha com o plano de recuperação judicial aprovado pelos credores, a Oi definiu ainda  que venderá as unidades da companhia  relativas a telefonia móvel infraestrutura e TV por assinatura.

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