Oi pede pressa na formação do Conselho Gestor do Fust

Para Alexander Castro, da Oi, Conselho Gestor do Fust precisa entrar em operação ainda neste semestre para que os primeiros projetos subsidiados sejam instalados em 2022

O gerente de relações institucionais da Oi, Alexander Castro, cobrou celeridade do governo para a regulamentação da nova Lei do Fust (Lei 14.109/20) e criação do Conselho Gestor do fundo – que decidirá quais projetos receberão recursos.

“É importante que a operacionalização do Conselho Gestor aconteça no primeiro semestre desse ano. O Conselho tem que tomar uma série de decisões para fazer a lista dos projetos para o ano que vem. Se não der para usar os R$ 850 milhões desse ano, que pelo menos a gente esteja prontinho para usar os recursos em 2022”, defendeu durante live realizada hoje, 14, pelo Tele.Síntese.

Castro também já sugeriu que o Conselho Gestor do Fust proponha projetos de longo prazo, que permitam o uso dos recursos de forma recorrente. E que as iniciativas sejam pensadas em linha com outras ações já em realização pelo Ministério das Telecomunicações e a Anatel.

“Que se tenha um cronograma para uso do Fust escalonado no tempo, e de forma sinérgica com outras iniciativas, como o edital do 5G, que tem compromissos de abrangência, valor econômico na adaptação da concessão, e até o uso do Fistel, que também é um fundo superavitário”, opinou.

O executivo ressaltou ainda o desafio de estruturar os programas de financiamento que permitirão aos recursos chegarem na ponta, nas quase 4 mil cidades do país menores onde as operadoras não chegam ou têm cobertura limitada.  E recomentou que seja dada prioridade aos projetos para levar banda largas às localidades onde hoje existe apenas o serviço fixo de telefonia.

Infraco

Castro também comentou rapidamente sobre a separação estrutural da Oi, que terá um braço de infraestrutura óptica operando no atacado chamado Infraco. Esta empresa – prestes a ter o controle vendido conforme o plano de recuperação judicial do grupo.

“A Infraco vai ser uma empresa de atuação no atacado. Os principais clientes serão empresas, terá uma oferta de rede neutra. Vai ser empresa de telecom, portanto vai recolher Fust e vai poder pleitear os recursos, como qualquer uma”, concluiu.

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Rafael Bucco

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