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Oi fecha venda de torres para Highline por R$ 1.6 bilhão

Será pago R$ 1,088 bilhão na data de fechamento da operação e R$ 609 milhões serão pagos até 2026,
Oi fecha venda de torres a Highline.Crédito: Freepik
A venda ainda depende de aprovação do Cade e Anatel. Crédito-Freepik

A Oi comunicou hoje, 7, ao mercado que fechou o acordo de venda para a Highline das torres restantes, no valor de até R$ 1,697 bilhão. Conforme o comunicado, será pago R$ 1,088 bilhão na data de fechamento da operação e R$ 609 milhões serão pagos até 2026, a depender de eventuais ajustes no preço e retenções, conforme os temos do contrato.

A proposta da Highline, representada pela empresa NK 108, foi apresentada isoladamente na concorrência promovida pela Oi em agosto de 22. Conforme a companhia, “a efetiva conclusão da Operação, com a transferência das ações representativas da totalidade do capital social da SPE Torres 2 para a NK 108, está sujeita ao cumprimento das condições precedentes previstas no Contrato, dentre as quais, as aprovações da Operação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE e pela Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL”.

A disputa

Duas outras empresas, a  American Tower e IHS Towers Brasil, chegaram a se habilitar para a aquisição, quando Ambas acessaram o data room criado pela Oi com dados do ativo à venda, mas acabaram não apresentando proposta.

A proposta da Highiline prevê que, imediatamente após a venda, a Oi se tornará locatária dos 8 mil sites então sob gestão da Highline. Em 2026, será assinado novo contrato, que reverá todos os termos.

Até lá, a Oi pagará ao menos R$ 24 milhões à Highline por mês pelo uso da infraestrutura. Caso o negócio fosse selado à data do anúncio, significa que a Oi teria de dispender R$ 960 milhões até o final de dezembro de 2025. Em compensação, deixa de pagar o aluguel para terceiros pelos terrenos.

Dentre as torres vendidas há várias que são utilizadas por TIM, Claro e Vivo, que também pagarão o aluguel de R$ 3 mil ao mês para a Highline para seguir utilizando-as por 10 anos. Caso desistam, deverão pagar 60% do valor do aluguem no primeiro ano.

Caso não aconteça a renovação da concessão ou migração da Oi para o regime de autorização, os ativos serão devolvidos e o novo contrato de 2026 não será firmado.

As conversas entrem Highline e Oi foram sigilosas e começaram há meses. Foram feitos vários documentos. Somente para chegar ao texto do contrato final foram necessárias cinco versões. Para evitar vazamentos ao longo do período das cláusulas debatidas, as empresas criaram o codinome para tratar do assunto: Projeto Netuno.

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