Oi conclui venda de data center à Piemonte Holding

Negócio, selado na sexta-feira, 12, teve pagamento à vista de R$ 250 milhões e R$ 75 milhões parcelados. Piemonte prevê novas aquisições neste ano.

A Oi informou ao mercado na manhã desta segunda-feira, 15, que concluiu na sexta, 12, a venda da Unida Produtiva Isolada Data Centers à instituição financeira Piemonte Holding. Foi definitivamente selada a transferência dos cinco data centers que integravam a UPI para o Titan Venture Capital, fundo pertencente à Piemonte.

No dia 12, o Titan transferiu à vista R$ 250 milhões. Os R$ 75 milhões remanescentes será pago em parcelas. Além desses valores, se comprometeu a realizar investimentos de R$ 42 milhões para melhorar os data centers.

Os ativos foram vendidos em 26 de novembro de 2020, por R$ 325 milhões. Vão complementar a atuação da empresa Elea Digital, controlada pela Piemonte, que até sexta-feira tinha presença em Brasília e administrava uma carteira com Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

Com a aquisição, a Piemonte ganhará capilaridade. Os data centers transferidos para o grupo ficam em Brasília, São Paulo, Porto Alegre e Curitiba.

Em entrevista ao Tele.Síntese em janeiro, o fundador do fundo, Alessandro Lombardi, antecipava que os planos para 2021 são de crescimento por aquisição. O grupo previa, então, aporte de R$ 100 milhões para upgrade dos data centers arrematados da Oi, além de outros R$ 300 milhões para novas compras.

A compra efetivada pela Titan, um dos veículos de investimento da Piemonte Holding, ocorreu por meio de uma operação de “project finance” apoiada pelos bancos BTG Pactual e Bradesco, que devem ser parceiros do negócio no longo prazo. O fundo de investimentos Alba Fund, gerido e administrado pela Piemonte, também passou a integrar parte do pacote da transação.

Para a Oi, a conclusão da venda é mais uma etapa vencida da recuperação judicial do conglomerado de telecomunicações. Em recuperação judicial, a companhia está enxugando sua estrutura, desfazendo-se de ativos considerados “não-estratégicos”, a fim de se tornar “a maior provedora de infraestrutura de telecomunicações do país”.

Além dos data centers, a tele vendeu em janeiro suas torres móveis para a empresa de infraestrutura Highline, do pelo fundo norte-americano Digital Colony. Em seguida, realizou o leilão dos ativos da Oi Móvel para um consórcio formado por Claro, TIM e Vivo – negócio este que passa por avaliação da Anatel e do Cade. Ainda este ano, a Oi espera concluir a venda do controle da Infraco, unidade que reúne sua infraestrutura óptica em todo o Brasil.

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Rafael Bucco

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