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O SMS não morreu, diz Telefónica

Serviços A2P, de envio de mensagens automatizadas, é cada vez mais procurado por empresas do setor bancário, financeiro e pelas OTTs
shutterstock/Ditty
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A Telefónica lançou estudo nesta terça-feira, 12, esmiuçando o futuro possível do SMS, serviço de troca de mensagens de texto das operadoras e que sofre com a concorrência de serviços over-the-top como o WhatsApp. Conforme a tele, o uso do SMS como canal de comunicação entre empresas e clientes vai crescer pelos próximos dez anos.

Essa curva ascendente terá origem na demanda pelos serviços de A2P (aplicação para pessoa), que automatiza o envio de mensagens corporativas. Segundo a Telefónica, em 2015 houve aumento do uso de SMS no mundo. E os serviços A2P estariam com a procura aquecida porque o SMS pode ser lido em 99,99% dos celulares em uso. O material diz que o mercado mundial A2P vai movimentar 2.19 bilhões de mensagens e US$ 50 bilhões em 2018.

O levantamento destaca que serão enviados 8,3 trilhões de mensagens móveis, não apenas de SMS, no mundo este ano. Os setores bancário e financeiro representam o maior filão. No Brasil, o segmento vai representar 33% do volume total de SMS A2P em 2017. Outros setores que usam tais ferramentas são o de comércio, saúde, educação e administração pública.

Apenas na Telefónica, os produtos A2P cresceram 22% em 2014 e 2015. “Para o uso por empresas, o SMS não tem competição. Creio que até 2025, pelo menos, teremos a adoção em grande escala do A2P”, analisa James Lasbrey, diretor global de mensageria da operadora espanhola. Segundo ele, até lá, OTTs como WhatsApp, Snapchat e Facebook Messenger não terão serviços equivalentes operando com mesma escala. O relatório destaca, inclusive, o uso do SMS pelos OTTs como forma de autenticação dos acessos. No Brasil, as OTTs enviam 15% dos SMS.

 

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