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O impasse da ocupação dos postes só se resolve com correção no setor elétrico, diz MCTIC

Para o diretor de banda larga do Ministério, Artur Coimbra, as concessionárias devem ter estímulos econômicos para alugar os postes para as operadoras de telecom, o que não acontece atualmente.

Mendoza – A solução definitiva para o compartilhamento dos postes de energia elétrica pelas operadoras de telecomunicações só virá quando for alterada a atual metodologia tarifária das concessionárias elétricas. Essa convicção foi expressa pelo diretor de Banda Larga do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Artur Coimbra, durante o evento de Neo para ISPs, realizado na Argentina.

Segundo Coimbra, a diferença de teses econômicas entre os dois segmentos de infraestrutura não permitirá que se chegue a uma solução negociada, e, por isso, entende que só haverá consenso quando forem alteradas as regras tarifárias do setor de energia elétrica, que prevê que, de qualquer ganho produtivo da empresa, pelo menos 60% dele tem que ser repassado para reduzir a tarifa de energia. “Com os 40% restantes, as concessionárias de energia não conseguem pagar todos os custos de sua rede”, afirmou.

Por isso, explicou, o setor de telecomunicações advoga que o preço pela ocupação dos postes deve ser calculado pelo “custo incremental de longo prazo”, ou seja, o custo marginal, para a colocação das fibras de banda larga. Já o setor de energia advoga a metodologia do “custo evitado”, ou seja, o preço deve embutir o custo para se enterrar as fibras, ao invés de usá-las sobre outra infraestrutura.

O diretor assinalou ainda que a produtividade brasileira “vai mal há 40 anos”, e que metade das causas dessa baixa produtividade são as regras e as instituições brasileiras. “Se as regras do jogo forem claras, simples e com segurança jurídica, poderemos dar passos importantes”, concluiu.

A jornalista viajou a convite da Neo

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