Nuvem pública deve liderar investimentos em TI até 2026, projeta IDC

Consultoria estima que soluções oferecidas por terceiros cresçam, em média, 36,6% ao ano; principal preocupação das empresas é a segurança dos sistemas
Nuvem pública deve ser destaque entre os investimentos em TI nos próximos anos, estima IDC
Luciano Ramos, country manager da IDC Brasil, avalia a importância da nuvem pública (crédito: Eduardo Vasconcelos/TeleSíntese)

A nuvem pública deve ser o grande destaque dos investimentos em soluções de armazenamento de dados e de recursos de TI através da internet nos próximos anos. De acordo com projeções da IDC, o segmento deve crescer, em média, 36,6% ao ano até 2026, ficando à frente da procura por nuvem privada e data center.

Segundo Luciano Saboia, diretor de Pesquisa e Consultoria em Telecomunicações da IDC Brasil para a América Latina, na atualidade, os departamentos de TI estão sendo pressionados a adotar estratégias que simplifiquem a gestão dos negócios e a conectividade com a nuvem.

“As empresas estão dando maior ênfase em otimização de serviços e redução de custos. E nenhuma tecnologia de infraestrutura cresce na mesma velocidade que a cloud [nuvem] pública”, afirmou, durante o IDC Future of Digital Infrastructure & Cloud BR, evento realizado pela consultoria, nesta quinta-feira, 13, em São Paulo.

Citando uma pesquisa da IDC, Saboia também pontuou que segurança da nuvem aparece como a principal preocupação das empresas latino-americanas, o que pode servir de estímulo aos investimentos em proteção e defesa para essas soluções de TI.

“Para atender aos requisitos de workloads e processos de negócios, os ambientes de TI estão cada vez mais híbridos e distribuídos. A recomendação é modernizar as aplicações e as arquiteturas de nuvem”, salientou o diretor da IDC.

Estratégias

No mesmo evento, o country manager da IDC Brasil, Luciano Ramos, destacou que, apesar do crescente interesse por nuvem pública, “não tem bala de prata que vai atender a todas as necessidades de todos os cenários de TI”. Sendo assim, ressaltou que as empresas precisam entender a dinâmica de seus negócios para adotar a melhor estratégia de computação em nuvem possível.

Além disso, afirmou que a indústria de tecnologia está no momento de repensar eventuais ajustes em determinadas arquiteturas, citando que o consumo de dados em nuvem já é duas vezes maior do que o disponibilizado por servidores locais.

“O amadurecimento das ofertas de plataformas de dados, analytics e Inteligência Artificial (IA) também é um fator importante para acelerar a adoção de ambientes híbridos. As soluções mais poderosas e mais simples de usar também terão efeitos significativos em como as empresas irão desfrutar da infraestrutura digital”, avaliou Ramos.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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