Nubank: nova regra do BC traz pouco impacto

Nubank afirma que a alteração não tem um impacto significativo no seu modelo de negócios ou em sua capacidade de crescimento
Nova logomarca do Nubank - Crédito: Divulgação
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O Nubank afirmou nesta segunda-feira,14, que as novas regras do Banco Central para fintechs anunciadas na sexta-feira passada farão o banco digital ter uma exigência adicional de capital em 2023 e 2024 menor do que expectativa original.

Em comunicado, o Nubank informou que “essa alteração não tem um impacto significativo no nosso modelo de negócios ou em nossa capacidade de crescimento.”

O banco digital disse que, ao final da implementação das novas normas em janeiro de 2025, terá uma exigência de capital para todo o conglomerado entre 10% a 15% maior que o nível previsto na consulta pública do BC, com aumento nas exigências para o negócio de cartões de crédito, mas ficando praticamente inalteradas para os demais segmentos.

Novas regras do BC

Após 14 meses analisando as sugestões recebidas do mercado, o BC decidiu apertar as regras para as Instituições de Pagamentos (IPs), o que implicará na exigência de mais capital das grandes fintechs, entre elas o Nubank, PicPay, PagSeguro, Mercado Pago entre outras. A norma já era esperada pelo mercado desde o ano passado.

A Zetta, que representa as grandes fintechs, não concordou com as novas regras prudenciais estabelecidas pelo órgão regulador, sob a alegação de que podem vir a comprometer a competitividade do setor.

Em nota a associação se manifestou na sexta-feira, 11, que “apesar do papel fundamental das instituições de pagamento no processo de inclusão financeira, o novo modelo diverge da proposta do BC, que havia desenhado uma regulação específica, proporcional e adequada para o mercado brasileiro, e incluía bancos pequenos e médios.”

As ações do Nubank registraram queda de 6,8% em New York na sexta-feira, logo após a autarquia anunciar as novas regras de capital para as instituições de pagamento.

Para analistas, a nova medida regulatória pode colocar leve pressão sobre as margens financeiras líquidas das fintechs, uma vez que essas empresas precisarão alocar depósitos para instrumentos de menor rendimento.

 

(Com assessoria)

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Redação DMI

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