Novos modelos de redes neutras irão conviver

A V.tal oferece dois modelos e a Fibrasil, um modelo flexível. A Unifique sugere a criação de modelo de referência.
Crédito: Freepik
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Com aumento de operadores de redes neutras de fibra óptica, diferentes modelos estão surgindo para atender exigências do mercado. O assunto foi debatido no painel “Redes neutras: os diferentes modelos” durante live realizada pelo Teletime Tec nesta terça-feira, 23.

O CEO da FiBrasil, André Kriger, revelou que a aposta da empresa é por um modelo flexível, “porque há parceiros que querem ter a casa do cliente, fazendo o contraponto aos outros parceiros que optam por colocar a marca no produto e realizar a cobrança enquanto a rede neutra se encarrega de fazer o resto”, revelou.

Para atender a demanda, o diretor de Marketing da V.tal, Rafael Márquez, disse que a empresa oferece dois modelos: um de FTTH fim a fim e outro de fibra até o poste (FTTP) para o cliente que quer alguma  gerência a respeito da instalação junto ao usuário final. Segundo ele, será na etapa de relacionamento com o cliente que as operadoras terão oportunidade de agregar valor e diferenciar ofertas, porque com as redes neutras, a infraestrutura dos competidores poderá ser a mesma. “Por outro lado, a aposta pode ser “complementar” para os provedores de serviços de internet que façam a opção por lançar fibra por conta própria”, disse.

Para Kriger,  a abordagem neutra vai funcionar melhor que os outros modelos verticalizados em razão do menor custo com aluguel de postes e da baliza de preços na banda larga. “A guerra de preço vai passar por quem empacota melhor ou por quem tem melhor atendimento”, disse.

Modelos de referência

Jair Francisco, diretor comercial da Unifique, entende que a rede neutra é o evento do momento que está todo mundo de olho, apesar dos desafios. “Toda a indústria vai acabar participando do mercado de redes neutras”, contatou.

Segundo ele, a empresa está estudando “modelos de referência” que permitam cálculo mais seguro sobre a rentabilidade e a capacidade da rede. “Eu não gostaria de estar em uma rede neutra dependendo das condições técnicas conforme o portfólio daquela rede, mas sim conforme o nosso portfólio. Acredito que o mercado vai saber lidar com isso”, defendeu.

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Gabriela do Vale

Jornalista com 20 anos de experiência em produção de conteúdo e assessoria de imprensa nas áreas de ciência, tecnologia, inovação, telecomunicações, meio ambiente e direitos humanos. Atualmente, trabalha no portal Tele Síntese com produção de conteúdo especializado em telecomunicações, tecnologia e inovação.

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