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Novo presidente da TelComp defende a antecipação da solução para postes e para acesso a frequências

"Criar um mercado secundário para permitir que outras operadoras tenham acesso a esse recurso escasso, é uma necessidade”, afirma o executivo

O economista Luiz Henrique Barbosa assume a presidência executiva da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TelComp) com grandes batalhas pela frente. Uma delas é a de sensibilizar a Anatel sobre a urgência de uma definição da resolução que vai tratar do aluguel de postes, que foi empurrada pela agência para 2022.

“É essencial para a implantação do 5G, que exige toda as erbs fibradas, mas é preciso também definir como será resolvido o passivo que existe nessa área”, disse. Outro tema que sofreu atraso na agenda da Anatel e que é considerada urgente pela TelComp é o regulamento do uso eficiente do espectro. “Criar um mercado secundário para permitir que outras operadoras tenham acesso a esse recurso escasso, é uma necessidade”, afirma.

Segundo Barbosa, as empresas competitivas estão se preparando para atender o mercado agropecuário, mas para isso precisam de frequências. Algumas delas, inclusive, estão de olho na faixa de 700 MHz, que terá parte vendida no leilão do 5G.

Leilão

Sobre o leilão do 5G em si, Barbosa disse que acredita que pelo menos 10 operadoras competitivas estão se preparando para participar, algumas nem são associadas à entidade, mas que já manifestaram interesse. “É o caso da Brisanet”, afirma.

O novo presidente da TelComp não considera as obrigações de cobertura um empecilho para as competitivas participarem do leilão. Como a cobertura prevista para os lotes regionais abrange pequenas cidades, onde essas operadoras já são uma força, passa a ser um incentivo. Mas admite que é preciso fazer contas com relação a rede privativa do governo e a participação no programa Norte Conectado.

Agenda

Outra prioridade de Barbosa é uma aproximação maior com o Congresso Nacional e com o acompanhamento de perto dos debates sobre reforma tributária. “Esse tema é sensível porque pode resultar em um aumento da carga tributária”, disse.

Barbosa não é estranho na TelComp. Já atuou na entidade como economista e, desde que trabalhou na iniciativa privada, na Century Link, participa do conselho de administração da associação. De 2018 a 2020, inclusive, ocupou a presidência desse colegiado.

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