Novo PERT prevê aumento de capacidade, redundância e redes rurais

Mapa da infraestrutura de banda larga do país, o novo PERT deve ser analisado pelo Conselho Diretor e ir a consulta pública neste semestre

O Conselho Diretor da Anatel já recebeu da área técnica da agência a proposta de novo Plano Estrutural de Redes de Telecomunicações, conhecido pela sigla PERT. Nilo Pasquali, Superintendente de Planejamento e Regulamentação da agência, falou hoje, 7, que o texto deve ser analisado pelo colegiado e aprovado para entrar em consulta pública ainda neste semestre. Ele participou de painel do INOVATIC Sudeste, evento organizado pelo Tele.Síntese,

O PERT é uma espécie de diagnóstico da infraestrutura de banda larga fixa e móvel do país, utilizado como base para formular obrigações às operadoras. O material é revisto a cada quatro anos. O atual é de 2019, portanto um novo passará a vigorar de 2023 a 2027.

Estoque de compromissos quase esgotados

Segundo Pasquali, com a definição do PGMU V e do leilão 5G ano passado, praticamente todas as necessidades de infraestrutura do PERT original de 2019 foram endereçadas. “Temos compromissos já contratados até 2030 de construção de backhaul em fibra óptica em todas as cidades, cobertura de localidades com 4G e algumas com 5G”, observa.

Claro, alguns dos compromissos do PGMU e do edital do 5G não estão contemplados e serão repetidos. “Um lote de 2,3 GHz do leilão 5G ficou sem comprador. O compromisso atrelado era cobrir 2 mil localidades com 4G no Nordeste”, lembrou.

Fibra no campo

A segunda edição do plano será usada para melhorar a qualidade das redes já instaladas, observou. Vai trazer compromissos para aumento da capacidade do backhaul existente, redundância das redes de transporte, cobertura do 4G em todo o Brasil e de mais localidades com 5G.

O novo PERT também foca a melhoria da cobertura rural. Se a versão de 2019 determinava a conexão de todas as cidades com fibra, agora haverá previsão para levar a tecnologia a todas as 16 mil localidades do país. “Conectar o campo é sempre um desafio, mas tem vertentes ali que se beneficiam: tem o agronegócio, o turismo, a produção energética”, falou. Onde não for possível levar a fibra, as empresas poderão usar alternativas, como satélites ou rádio de alta capacidade.

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Rafael Bucco

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