A licitação será dividida por quatro lotes. No caso do lote A, que vende faixa de 1,8 GHz para o estado de São Paulo (o espectro que pertencia à falimentar Unicel) e algumas sobras em outras cidades, não poderão comprar esta frequência qualquer empresa que tenha mais de 80 MHz de spectrum cap. Este é o caso das atuais operadoras nacionais de celular, Oi, Vivo, TIM e Claro.
Assim, só quem pode disputar este lote em FDD seriam as atuais empresas Algar Telecom e Nextel (que não alcançaram o limite espectral) , ou um improvável novo investidor, ou empresas que também atuam no Brasil e têm frequência fixa em TDD, como a própria Sky ou a On Telecom, do mega investidor Jorge Soros.
Para o lote B, que aglutina a frequência de 2,5 GHz em FDD (Frequency Duplex Division) a Anatel está vendendo 10+10 MHz e estabelece o limite máximo de ocupação de espectro de 60 MHz. Neste caso, a venda se dará por área de registro (área de DDD). Com esta regra, a agência autoriza a participação de todas as atuais operadoras de celular : Claro, Oi,Vivo,TIM, Algar Telecom e Nextel. Mas proíbe a participação da Sky ou da On Telecom, pois elas têm frequência de TDD (Time Division Duplex) nesta frequência e esta limitação está explicitada no edital. Quem tem TDD não pode comprar FDD ou vice-versa.
Para estes dois lotes, a venda de espectro será como sempre foi: exigência de garantia, preço mínimo e possibilidade de repique ao vivo.
No lote C, a Anatel venderá duas faixas: uma pequena faixa de 5 MHz em 1,9 GHz, que é a extensão do que já foi vendida, e tambem em TDD. E a venda das bandas T e U, de 15 MHz e de 35 MHz. Neste segundo caso, as empresas que têm FDD não podem disputar a licitação, o que inclui todas as operadoras de celular. Assim, quem poderá comprar a faixa de 2,5 GHz são novos investidores, provedores de internet e as empresas que já tem esta frequência, como as operadoras de TV paga, Sky ou On Telecom.
No lote D, estará à venda um pedaço da frequência de 3,5 GHz. Há 200 MHz livres nesta faixa, mas a Anatel só está colocando à venda 4 subfaixas de 10 MHz. O cap nesta lote é de 20 MHz, o que significa que uma mesma em presa poderá comprar duas faixas por cidade.
Para dar preferência aos pequenos provedores e aos novos investidores comprarem esta frequência, o edital propõe que as empresas que comprarem os lotes A ou B ou aquelas que têm frequência de FDD, ou seja, todas as operadoras de celular que atuam no país.
Tanto nos lotes C como o D não haverá exigência garantias nem repique de preço. A maior oferta leva a frequência. Os dois lotes de frequências serão vendidos em áreas de cobertura por cada cidade brasileira.