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Balanço

Nokia avisa que resultados de 2021 virão melhores que o esperado

Os resultados de 2021 foram revistos para cima após ganhos com investimentos de risco
Nokia avisa que resultados de 2021 virão melhores que o esperado
Crédito: Divulgação Nokia

A fabricante de equipamentos para redes Nokia avisou hoje, 11, que terá resultados melhores em 2021 do que havia calculado. A companhia divulgou o guidance revisto no qual diz que as vendas somarão 22,2 bilhões de euros. A margem operacional será de 12,4 a 12,6%. Anteriormente, a expectativa era de 10 a 12%.

Segundo a companhia, a melhora se deve a ganhos com investimentos de venture capital, a assinatura de um contrato de software no segundo trimestre e a revisão para baixo de dívidas de devedores duvidosos. A companhia vai divulgar os resultados de 2021 completos em 3 de fevereiro.

Para o ano que acaba de começar, a Nokia prevê melhora em relação a 2021. Diz que a margem operacional ficará entre 11% e 13,5%. O número já considera mudanças na estrutura corporativa, as dificuldades com cadeia de suprimentos derivadas da pandemia de Covid-19 e inflação.

A empresa passou o ano alertando para os reflexos negativos dos problemas na cadeia de suprimentos. No terceiro trimestre de 2021, o CEO Pekka Lundmark ressaltou a dificuldade do grupo em traçar cenários em função da escassez de semicondutores.

Ele disse à época que esperava um 2022 mais desafiador. As novas margens divulgadas apontam para melhora do cenário.

As dificuldades em manter íntegro o fornecimento de semicondutores não é exclusivo da empresa finlandesa. Afeta também a rival sueca Ericsson e até a chinesa Huawei, embora esta tenha como problema principal ainda a pressão do governo dos Estados Unidos para que países parceiros deixem de consumir produtos chineses.

No Brasil, a indústria elétrica e eletrônica aponta para continuidade dos problemas com logística de componentes importados. Juntamente com a situação macroeconômica – inflação, aumento do juros e desvalorização cambial – prevê-se um crescimento real de 2% para 2022 apenas, ante os 7% registrados em 2021.

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