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Balanço

Nextel: receita cai 23% no 2º tri

NII Holdings, dona da Nextel Brasil, registrou prejuízo líquido de US$ 71,13 milhões. Operadora reduziu custos, inclusive Capex, em dólares. Resultado foi impactado pelo desligamento da rede iDEN e desvalorização do Real frente o Dólar.

A NII Holdings, dona da Nextel Brasil, divulgou nesta manhã seus resultados financeiros. No segundo trimestre, a operadora registrou redução de 23,4% nas receitas ano a ano, que somaram R$ 541,3 milhões.

O resultado foi impactado pelo desligamento completo da rede iDEN da operadora, que um ano atrás tinha 563 mil usuários.

A migração de clientes para serviços 3G e 4G também vem reduzindo a receita média por usuário (ARPU) da Nextel, que ainda é a mais alta entre as operadoras brasileiras. A métrica fechou o segundo trimestre em R$ 54, ante R$ 62 um ano antes.

No trimestre, a empresa registrou 66 mil adições líquidas a sua base de clientes, que agora soma 3,1 milhões de usuários. Foi o terceiro trimestre seguido de aumento de assinantes. Embora a tele ainda tenha menos clientes que um ano antes (3,4 milhões), em função dos desligamento do serviço de rádio.

Prejuízo do grupo

Em dólares, a holding, que tem como único ativo a Nextel Brasil, apresentou prejuízo operacional de US$ 19,8 milhões. Para efeito de comparação, no segundo trimestre de 2017, o prejuízo operacional era de US$ 68,9 milhões.

O prejuízo líquido do grupo foi de US$ 71,13 milhões no segundo trimestre deste ano. Número melhor que a perda de US$ 84,77 milhões do mesmo período de 2017.

A companhia destacou no balanço o atingimento do breakeven no OIBDA Ajustado em função da redução de despesas. Estas caíram de US$ US$ 294 milhões um ano atrás, para US$ 175 milhões.

Ainda assim, a perda dos clientes iDEN e a desvalorização do Real no período, somada à menor receita média por usuário 3G/4G, que agora compõe totalidade da base, impediram a guinada rumo ao lucro.

O capex caiu de US$ 36 milhões para US$ 24 milhões. O endividamento, no entanto, caiu. Passou de US$ 647 milhões em dezembro último para US$ 584 milhões agora graças à renegociação de empréstimos. A maior parcela dessa dívida está nas mãos de bancos brasileiros e foi tomada em Reais.

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