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Balanço

Netflix atrai menos assinantes que o previsto no segundo tri

Ainda assim, receita cresce 40% em um ano e lucro triplica.

A Netflix divulgou hoje (16) os resultados do segundo trimestre de 2018. A empresa teve avanço nas receitas, mas captou menos clientes do que o previsto em seu último guidance. Entre abril e junho, a empresa adicionou 5,15 milhões de novos assinantes, abaixo da previsão da empresa de 6,2 milhões.

O movimento deu combustível a especulações no mercado de que o interesse pelo serviço estaria diminuindo com a saída de conteúdos de grandes produtoras, como a Fox, que lançou neste ano seu próprio serviço de streaming. A Netflix, no entanto, discorda. Ressalta que o guidance não é sempre certeiro, e flutuações acontecem, como já ocorrreram no passado (no 1º tri de 2016 e no 2 tri de 2017, exemplificou).

Quanto ao interesse pelo conteúdo, ressalta que recebeu mais indicações ao Emmy neste ano que a HBO, canal que teve este mérito nos últimos 17 anos. “Estamos começando a liderar em certas categorias artísticas”, resume o comunicado ao mercado.

A empresa também sofreu impacto nas receitas em função da valorização do dólar. Os custos da companhia são, em maior parte, baseados na moeda americana, embora o grande ganho de novos clientes tenha vindo de mercados com outras moedas. Segundo a empresa, os custos em dólar vão diminuir à medida que investimentos na produção de conteúdo em outros países, e portanto, em suas moedas locais, aumentarem.

Lucro

Ainda assim, a companhia registrou uma avanço de 40,3% nas receitas comparadas com o mesmo período de 2017, faturando US$ 3,9 bilhões no segundo trimestre. O lucro operacional mais que triplicou, atingindo US$ 462 milhões.  O lucro líquido foi de US$ 384 milhões, ante US$ 65 milhões um ano antes.

Também a margem operacional em relação a 2017 aumentou. Passou de 4,6% para 11,8%. O EBITDA foi de US$ 563 milhões, três vezes maior que o registrado um ano atrás.

A empresa também avisa que continuará a investir na expansão via parceiros, como fez com a Telefónica e com a japonesa KDDI. Pelo acordo, as operadoras (inclusive no Brasil) vão vender pacotes com assinatura da Netflix podendo acontecer na fatura de telefonia ou banda larga.

A Netflix afirma, ainda, que espera um acirramento da competição nos próximos meses, graças à aquisição da Time Warner pela AT&T e à fusão entre Fox e Disney ou Comcast (há uma guerra de lances no momento, sem definição do vencedor). Cita, ainda, competidores locais como ProSieben, na Alemanha, e Salto, na França, como capazes de rivalizar com seus serviços.

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