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Nasce mais uma operadora competitiva no Nordeste: a Proxxima

Operadora é resultado da fusão de oito provedores da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará e promete crescer ainda mais

Na onda de consolidações, nasce mais um provedor competitivo no Nordeste, com metas audaciosas de crescimento e seguindo toda a cartilha de conformidades às melhores práticas de negócios. Trata-se da Proxxima Telecomunicações, formada pela fusão de oito ISPs que lideravam em cidades da Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte, com 95 mil assinantes e 350 mil casas fibradas.

Desses assinantes, 90 mil são atendidos por meio de fibra óptica. Os outros cinco mil clientes, por estarem em área rural, são atendidos via rádio. Ao todo, são 95 cidades atendidas pela nova operadora e 4 mil km de rede, que cobre as cidades em anel e com redundância. Embora focada no varejo, a empresa oferta link para 30 ISPs da região.

Segundo o CEO da nova companhia, Leonardo Gomes, depois da fusão, acertada em dezembro do ano passado, mais quatro ISPs foram incorporados e outros estão em negociação, o que mostra o apetite da Proxxima por crescimento rápido. “Esperamos fechar o ano com 130 mil assinantes, por meio de crescimento inorgânico e orgânico”, disse Gomes. Em cinco anos, a meta é alcançar 400 mil assinantes.

No momento da fusão, a nova companhia somava 400 colaboradores e, seis meses depois, já são 560 trabalhadores. Os resultados positivos foram observados em outras áreas, como na base de assinantes que cresceu 10% e no faturamento, com alta de 14% no período.

Em 2022, já com dois balanços auditados, a Proxxima pretende estrear no mercado de capital por meio da emissão de debêntures. Em 2023, a expectativa é fazer a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). “Estamos acompanhando de perto as operações ora em andamento, seja a IPO da Desktop, da Unifique e da Brisanet, assim como as de M&A”, afirma Gomes.

Caixa rápido 

A Proxxima Telecomunicações é resultado da fusão da Ondanet, Netmark, CPnet, Datacommection e Enteriw, da Paraíba; Netjat e Netonline, do Rio Grande do Norte e Toolsnet, de Pernambuco. Algumas dessas empresas tinham mais de 20 anos de atuação.

Os empreendedores usaram recursos próprios e captação de fomentos para concluir a operação, um com investimentos de R$ 12 milhões nos últimos seis meses. Não há participação de fundos de investimentos na operadora. Mas como é uma sociedade anônima de capital fechado, é possível a venda de ações para novos sócios.

O nome da operadora surgiu depois de pesquisas de imagem das operadoras separadamente. De acordo com Gomes, três conceitos se destacaram, agilidade e presteza, qualidade do serviço ofertado e proximidade com o cliente. “Esse último atributo foi usado para dar nome a nova operadora”, disse.

Gomes afirma que outras aquisições serão anunciadas em breve, assim como a segunda onda de expansão da rede para cidades maiores. Ele ressalta que, com a compra, o retorno do caixa é rápido, enquanto na construção de rede, isso não acontece em menos de 26 meses.

Outro resultado da pesquisa norteou os investimentos da Proxxima no WiFi 6: 60% das reclamações dos usuários se referiam a cobertura insuficiente da tecnologia sem fio. No mais, a operadora está começando a implantar a tecnologia XGSpon na rede, que pode levar a velocidade de 10 Gbps.

Sobre o 5G, o executivo ainda não enxerga viabilidade para a operadora nesse primeiro momento porque a demanda de capital é absurdamente alta. Mas acredita que pode ofertar sua rede para as grandes operadoras nas praças onde atende sem concorrência.

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