Na abertura do MWC 22, CEOs de operadoras condenam a guerra

Os CEOS de operadoras como Telefónica e Vodafone condenaram a guerra da Rússia contra a Ucrânia e defenderam maior solidariedade e compartilhamento. GSMA retira expositores russos do evento. E diretor geral da entidade projeta números para a expansão da 5G.

Na abertura do MWC 22, os CEOs de operadoras de celular, como a Telefónica e a Vodafone, keynote speakers da conferência de abertura do MWC 22 , condenaram a guerra iniciada pela Rússia contra a Ucrânia, e fizeram o contraponto ao atual momento, com a defesa do compartilhamento de ideias, projetos e redes de telecom.

O presidente da Telefónica, José María Álvarez-Pallete vaticinou: “Não há tempo para a guerra”.  O presidente da Vodafone, Nick Read, por sua vez, entende que esta guerra terá impactos político, econômico, social e ambiental muito grandes. Nós todos vamos cavar muito fundo para ultrapassar todos os desafios”, afirmou.

A GSMA também soltou nota na qual condena “fortemente” a invasão russa à Ucrânia. Os organizadores do evento afirmam que se sentem impotentes da situação. “A GSMA segue todas as sanções impostas pelos governos em face da situação. Por isso, não haverá pavilhão russo no MWC 22. A segurança do evento é revisada constantemente, e ajustada conforme novas informações surgem”, fiz o comunicado.

Desconectados

E os desafios do setor também são muito grandes, conforme assinalou Mats Granryd, diretor geral da GSMA, entidade que promove o evento.

“Ainda não estão conectados à internet 3,7 bilhões de pessoas”, afirmou Granryd, na abertura deste MWC 22, lembrando que 3,2 bilhões têm lacunas de uso e outros 450 milhões ainda não têm acesso as redes.

Pallet defendeu com ênfase a ciência e a tecnologia como propostas para a construção de um mundo mais inclusivo. “É a hora para colaboração e solidariedade” afirmou.

Pessoas

Conforme Granryde, as operadoras móveis terão que investir US$ 600 bilhões entre os anos de 2022 a 2025. Enquanto isso, as conexões do 5G estão crescendo rapidamente, quando no final deste ano será atingido 1 bilhão de conexões nesta tecnologia. Atualmente mais de 5,3 bilhões de pessoas em todo o mundo estão conectadas a uma rede de celular, representando 67% da população global.

Conforme o estudo da GSMA, as tecnologias móveis e seus serviços adicionaram à economia global no ano passado US$ 4,5 trilhões, o que representa 5% do PIB global. “Este número irá crescer  de US$ 400 bilhões em 2025 para US$ 5 trilhões em 2025”, afirma o estudo da GSMA.

Para o executivo, o crescimento da 5G será motivado pela recuperação econômica pós-pandemia, o lançamento de mais aparelhos 5G e a ampliação da cobertura da rede.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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