MWC19: finalmente surgem os celulares 5G. E novas promessas para as operadoras

Os aparelhos com a tecnologia de quinta geração finalmente começam a sair dos laboratórios para ser apresentados em Barcelona. Casos concretos de "tudo conectado" são aguardados. E novas promessas também serão feitas para as operadoras de telecom, aquelas que colocam o dinheiro para que esses sonhos se concretizem

Barcelona – Oficialmente, o maior evento do mercado global de telecomunicações móveis começa nesta segunda-feira, 25 de fevereiro: MWC19 feira e congresso promovido pela GSMA, associação quer reúne a indústria da mobilidade de telecom do globo. E, desta vez,  depois de alguns anos de promessas, os fabricantes finalmente vão mostrar os  smartphones com a tecnologia 5G.

A Samsung antecipou-se ao evento e lançou poucos dias antes do início do MWC os aparelhos com 5G disponível. Muitos são os fabricantes que prometem trazer essa nova geração ao mercado, seja sob a forma de celular ou com outras formas de usáveis.

Ao contrário da edição do ano passado, quando havia mais carros do que celulares na enorme feira de 8 pavilhões, este ano, marcas de telecomunicações esquecidas ressurgem, marcas  sob fogo cruzado se posicionam e até nomes pouco conhecidos fazem suas apostas.

A chinesa Huawaei, sob fogo cruzado dos Estados Unidos, lançou no domingo os seus mais novos celulares, quase sem moldura, mas com 5G. A LG promete trazer “belezuras” de aparelhos para a festa, como por exemplo, com o som alocado sob a tela do aparelho. A Lenovo trará linhas de novos tablets, também com 5G?

Velhas marcas que foram esquecidas prometem voltar, como o Blackberry, agora com a Alcatel ( não mais francesa, mas chinesa) e a Nokia, marca que popularizou o celular analógico, diz também que vai surpreender com seu novo celular.

Brands desconhecidos no Brasil também querem um pedaço desse quinhão e Núbia, Oppo, Wiko ou Gionee estarão lado a lado  de Motorola, Sony, ou ZTE. A ausência ficará com a Apple.

Durante quatro dias, são esperados mais de 100 mil executivo de 200 países diferentes, e 2,4 mil empresas, todos envolvidos no ecossistema da moblidade digital.

Onde está o dinheiro

Mas o evento não é só a festa dos fabricantes e dos usuários finais. Afinal, é os palco para as operadoras de celular, que são as que colocam dinheiro nas redes para isso tudo acontecer. E aí, o MWC19 faz novas promessas, mas começa também a entregar os sonhos passados.

Para a consultoria Ovum, modelos de negócios reais para justificar os investimentos nas novas redes de 5G serão apresentados. E debates mais consistentes sobre  o que fazer com as frequências ultra altas  estarão ao lado de perguntas sobre  o que fazer para garantir a latência exata nas ultra-baixas frequências.

São aguardados casos reais de soluções de mobilidade digital para a saúde, direção autônoma e digitalização das residências. E muita, muita “sopa de letrinhas” para falar das tecnologias de Inteligencia Artificial, blockchain, edge computing e centenas de recursos de segurança para assegurar que o mundo continue cada vez mais em movimento navegando pelas bandas do celular.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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