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Ministro fala em parceria com a Starlink para conectar áreas remotas

Nos EUA, Faria tenta fechar parceria para conectar escolas e regiões remotas, além de monitorar a Amazônia
Crédito: Freepik
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Nesta segunda-feira, 15, o ministro das Comunicações (MCom), Fábio Faria, em viagem aos Estados Unidos (EUA), reuniu-se com o fundador da SpaceX e da Starlink, Elon Musk, com o objetivo de tentar fechar parceria para conectar escolas rurais e regiões remotas, e “proteger” a floresta amazônica. A notícia foi divulgada por Faria em sua conta de Twitter.

“Estamos querendo fazer uma parceria com eles [SpaceX], com o governo brasileiro, para conectar todas as escolas rurais que estão faltando, as comunidades indígenas, todos os locais remotos no Brasil”, afirmou Faria. Segundo o ministro, os cerca de 4.500 satélites, que orbitam em baixa altitude das empresas de Elon Musk, podem colaborar nesse monitoramento.

Elon Musk também se pronunciou. Disse que levar internet para “as pessoas do Brasil que têm mais dificuldade de se conectar” é uma oportunidade a ser celebrada. “Estamos ansiosos para poder proporcionar conectividade para os menos conectados”, declarou.

Procurado, o MCom, no entanto, não respondeu a nenhuma pergunta enviada pelo Tele.Síntese a respeito das parcerias. A pasta não confirma se planeja fazer uma licitação, nem quando. Além disso, tramitam na Anatel os pedidos de outorga de satélite estrangeiro da Starlink e da Oneweb. Atualmente, apenas a O3b, empresa do grupo SES, tem aval para fornecer banda larga a partir de artefatos não-geoestacionários no país.

Outra dúvida diz respeito ao programa WiFi Brasil (antigo Gesac), que utiliza o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC) da Telebrás. O SGDC foi o primeiro satélite a cobrir 100% do território brasileiro, custou R$ 2,7 bilhões aos cofres públicos. Os dados mais recentes do MCom indicam que há 14,2 mil pontos instalados no país, mas não indicam se chegou ao limite de sua capacidade, o que era esperado que acontecesse ainda em 2020. Outro satélite capaz de cobrir 100% do país é o SES-17, que foi lançado recentemente e entra em operação até meados de 2022.

Quanto ao monitoramento da Amazônia, o Inpe lançou em fevereiro deste ano o satélite Amazonia-1, que faz o acompanhamento fotográfico de todo o território nacional.

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