Telefónica cria comitê de IA e reforça compromisso por regulação equilibrada

Operadora indica que stakeholders também participarão da comissão de monitoramento ético e que trabalhará para pôr a tecnologia a serviços das pessoas
Telefónica anuncia a criação de comitê de ética em IA
José María Álvarez-Pallete, presidente da Telefónica; executivo anunciou a criação de comitê de ética em IA (crédito: Telefónica/Divulgação)

A Telefónica informou que vai criar um comitê dedicado ao acompanhamento de soluções de Inteligência Artificial (IA). A comissão, anunciado durante a assembleia geral de acionistas da companhia, realizada na sexta-feira, 12, terá a participação de todos os grupos de interesse da empresa.

De acordo com o presidente da Telefónica, José Maria Álvarez-Pallete, a Comissão de Monitoramento Ético de Inteligência Artificial, como o comitê foi batizado, tem como missão pôr a tecnologia “a serviço das pessoas, e não o contrário”.

Em seu discurso, o executivo ainda se comprometeu a manter a operadora na vanguarda da tecnologia para crescer e gerar valor para acionistas, clientes, funcionários e grupos de interesse. Além disso, disse que a empresa reconhece a “importância dos valores” em uma época em que novas regras são necessárias.

“A Telefónica é fundamental porque sempre fez parte da solução dos problemas através da tecnologia e do compromisso das nossas pessoas”, afirmou.

Regulação

Conforme as atribuições do comitê de ética em IA, Álvarez-Pallete também se comprometeu a se esforçar por “uma regulação justa” que possibilite à Telefónica “competir em igualdade de condições”. Em sua avaliação, é preciso avançar na adoção de regras equilibradas entre todos os participantes do setor de tecnologia.

“Acreditamos que a soberania dos dados faz parte da dignidade da pessoa e não pode ser expropriada sem uma compensação justa e consciente”, pontuou Álvarez-Pallete, que já havia demonstrado preocupações com o desenvolvimento da IA no ano passado.

Operações

Na assembleia de acionistas, a Telefónica informou que conta com uma base de 388 milhões de clientes somando todos os mercados em que atua, incluindo o Brasil, com a marca Vivo. O número representa uma alta de 21,2% na comparação com dados de 2015, quando a tele tinha 320 milhões de clientes.

Nesse intervalo, os serviços de conectividade de próxima geração e os produtos digitais, que representavam 46% da receita do grupo, passaram a alcançar 76% do faturamento, tendo em vista o crescimento da economia digital.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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