Mercado reduz previsão de inflação para 2022, mas eleva para 2023

Foi a 2ª redução para a inflação de 2022 desde quando o Focus voltou a ser divulgado, após o fim da greve dos servidores do Banco Central.
Mercado reduz previsão de inflação para 2022, mas eleva para 2023 - Crédito: Freepik
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O mercado financeiro projetou uma inflação menor para 2022, reduzindo de 7,96% para 7,67% a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano. O índice mede a inflação oficial do país.

A nova projeção consta do Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira, 11, pelo Banco Central. Os dados foram colhidos na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Foi a segunda redução seguida para a inflação de 2022 desde quando o Focus voltou a ser divulgado, após o fim da greve dos servidores do Banco Central.

A previsão para a inflação do ano que vem, no entanto, subiu. Ela saiu de 5,01% para 5,09%. Para 2024 a expectativa saiu de 3,25% para 3,30%.

A projeção do mercado financeiro para a inflação de 2022 é de estouro no teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O próprio Banco Central admitiu que a meta de inflação não será cumprida pelo segundo ano consecutivo, conforme o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado pela autarquia em 30 de junho.

Para 2022, o teto é de 5%. Em 2023, 4,75%. Em ambos os casos, as projeções do mercado estão acima do limite e longe da meta, que era de 3,5% e 3,25%, respectivamente.

Em 2021, o governo já estourou o teto da meta de inflação. Quando isso acontece, o presidente do Banco Central é obrigado a divulgar carta pública explicando as razões.

Produto Interno Bruto

O mercado financeiro também passou a prever um alta maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, mas manteve a expectativa de crescimento para o próximo ano.

A previsão é que a economia brasileira cresça 1,59% neste ano, ante 1,51% previsto anteriormente. Já para 2023, a previsão se manteve numa alta de apenas 0,50%.

Taxa de juros

Para a taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado manteve a previsão de encerrar o ano em 13,75%.

Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano, a maior desde dezembro de 2016. Para o ano que vem a expectativa também foi mantida em 10,50%.

Câmbio

A previsão do mercado para o dólar no fim deste ano subiu. Ela saiu de R$ 5,09 para R$ 5,13. Para o fim do ano que vem, a expectativa foi mantida em R$ 5,10. Já para o fim do ano que vem, a projeção caiu de R$ 5,07 para R$ 5,06.

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Redação DMI

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