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Desempenho

Mercado de tablets acentua a tendência e encolhe 32,3% no 2º trimestre

Levantamento da IDC Brasil aponta que este foi o maior tombo do segmento desde 2016

Desde 2016 o mercado de tablets no Brasil não experimentava uma queda tão acentuada quanto a do segundo trimestre de 2020. De abril a junho, foram comercializados 477.377 tablets, queda de 32,3% em relação ao mesmo período de 2019 e de 29,2% em relação aos três primeiros meses de 2020.

Em 2016, no mesmo período, a queda foi de 32%. De lá para cá, o movimento do segundo trimestre sempre foi de queda, mas não nessa proporção. Em 2017 caiu 8%, em 2018 caiu 3,4% e no segundo trimestre do ano passado caiu 7,6%. Todos os dados são da IDC Brasil, cosultoria que desde 2010 realiza estudos do mercado de tablet no país.

“A retração do mercado de tablets no Brasil começou em 2015, também no segundo trimestre. Naquele ano, a queda foi de 35%. Desde então, temos períodos em que até há uma leve reação, mas, no geral, o movimento é de queda”, diz Rodrigo Okayama Pereira, analista de mercado da IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações.

Foi o que aconteceu no 1º trimestre deste ano, que teve queda de apenas 3%. “A volta às aulas, em janeiro, e o início da quarentena e das aulas à distância, em março, aumentaram as vendas, mas o consumo não se manteve nos meses seguintes e o ritmo de queda deve continuar”, estima o analista da IDC Brasil.

Já os preços, seguem em alta. Segundo o estudo IDC Brazil Tablets Tracker 2Q2020, o ticket médio do tablet no 2º trimestre foi R﹩ 971,56, 44,7% a mais do que no mesmo período de 2019 e 47,4% a mais do que nos três primeiros meses deste ano. “O mercado tem apontado cada vez mais uma mudança no mix de produto, com tablets intermediários e premium ganhando mais importância e participação. Assim, o aumento nas vendas de tablets com maiores especificações técnicas refletiu também no aumento do preço médio”, explica Rodrigo. Quanto à receita foi de R﹩463 milhões, apenas dez milhões a menos do que no mesmo período de 2019.

Ainda segundo o estudo da IDC Brasil, dos 477.377 tablets vendidos no segundo trimestre de 2020, 438.412 foram para o varejo, queda de 32,3% em relação ao primeiro trimestre, e 38.965 para o mercado corporativo crescimento de 47,3%, apoiado pela participação dos tablets premium e projetos para os setores da Educação e Governo.

Expectativas

Para o terceiro trimestre de 2020, a previsão da IDC Brasil para o setor de tablets é que siga o movimento de queda, acentuado pelos impactos da pandemia de covid-19, da alta do dólar e do desemprego. Para o ano, a IDC espera que a retração total seja de 12%. (Com assessoria de imprensa)

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