Mediatech Lab da Globo testa o futuro da mídia

O diretor do laboratório, Paulo Henrique Castro, diz que a proposta é ser um laboratório de prototipação, experimentação e, consequentemente, inovação, atuando nas áreas de conteúdo, tecnologia e negócios da empresa.
MediaTech Lab da Globo testa o futuro da mídia
Paulo Henrique Castro, diretor do laboratório. Crédito-5×5-TEC-Summit-22

Com o seu Mediatech Lab, a Globo se prepara para futuras demandas e se mantém preparada para novos modelos de negócio, evoluções e mudanças tecnológicas. “Estamos com o farol alto, olhando as necessidades lá na frente”, diz o diretor do laboratório, Paulo Henrique Castro, que participou do 5×5 TEC Summit nesta quinta, 8. Segundo ele, o Mediatech Lab tem a proposta de ser um laboratório de prototipação, experimentação e, consequentemente, inovação, atuando nas áreas de conteúdo, tecnologia e negócios da empresa. “Nossa proposta de valor para a empresa, e até para a sociedade, é ampliar as fronteiras do que se consegue alcançar como uma empresa Mediatech”.

Segundo PH Castro, a inovação está em todas as áreas. Por isso, o laboratório procura atuar nos espaços vazios, conectando as áreas. “Trabalhamos construindo visões de futuros possíveis e desejáveis para a evolução da mídia, ou da relação das pessoas com a mídia, e assim gerar impacto na estratégia de negócio e, principalmente, contribuir para uma empresa mais inovadora, mais colaborativa e em constante evolução”, conta. Para isso, o laboratório se concentra em três áreas de construção do futuro: produção de conteúdo, consumo de conteúdo e modelo de negócios. É dividido em três frentes de trabalho:
* atuando de forma a aumentar a conexão da Globo com o ecossistema de inovação, com área focada em parcerias que se relaciona com universidade, statups, grandes empresas com áreas de pesquisa;
* uma área de pesquisa, com profissionais que vão de pesquisadores com múltiplos pós-doutorados até outros que se destacaram antes de terminar a graduação. esta área atua “em quase todas as buzzwords'”, como inteligência artificial, blockchain, computação quântica. Esta frente também tem núcleo de computação gráfica;
* por fim, uma área responsável pela rápida prototipação, com um time de desenvolvimento preparado para colocar no ar muito rapidamente, testar, falhar e corrigir rumos.

Castro conta que a Globo permite autonomia ao laboratório, mas com alto nível de alinhamento. “Estamos conectados aos desafios estratégicos, entendemos os desafios de negócios, participamos de praticamente todos os planejamentos de todas áreas, para saber o que está sendo feito e até evitar retrabalhos. Ao mesmo tempo, produzimos anualmente o radar de tecnologia onde a gente monitora as principais tecnologias emergentes e fazemos algumas apostas no que vamos botar energia para trazer para perto da Globo”. Algumas tecnologias, conta, estão sendo monitoradas sempre, como compressão de vídeo, por exemplo. Computação quântica está mais distante, mas pode ter um impacto e a empresa quer estar preparada quando se tornar realidade ou perceber oportunidades de antecipar o futuro.

Outro objeto de estudo constante é a inteligência artificial. “Quando a gente olha de forma ampla, vemos que é o que terá mais impacto. Acelera processos, automatiza, cria coisas – vemos muitos algoritmos que permitem fazer processamento de linguagem natural”, diz Castro. A meta é fazer uma criação de mídia sintética, com um texto, narração e atores digitais. “Quando você tem uma ambição de povoar o Metaverso, é muito conteúdo que tem que ser gerado. Não vai poder ser tudo gerado manualmente”, finaliza.

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Da Redação

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