Lucro dos Correios sobe 1.400% em 2020

Empresa atribui resultado a menores despesas com funcionários, racionalização de custos e PDV
Associação dos funcionários soltou comunicado questionando desejo de privatização do governo

Os Correios fecharam 2020 com um lucro líquido de R$ 1,53 bilhão, resultado 1.400% maior que no ano anterior. No entanto, a receita operacional avançou apenas 1% no período, de R$ 19,8 bilhões para R$ 20 bilhões entre 20’9 e 2020. 

A estatal justificou o aumento extraordinário do lucro à racionalização de custos e à aplicação de políticas de benefícios a empregados, alinhada à legislação vigente e aos padrões de mercado, as quais propiciaram redução de 11% nos custos dos serviços prestados. Cita-se como fatores relevantes a adequação de benefícios relativos ao plano de saúde, a exemplo da paridade contributiva das despesas médicas (aplicada a partir de 2020) e a redução do efetivo de pessoal oriunda do Plano de Demissão Voluntária (PDV) aplicado em 2019.  

Segundo a companhia, incluída em processo de desestatização, o patamar de crescimento da receita de encomendas é mantido, atingindo-se um aumento de 9% em relação ao ano anterior, resultante principalmente da expansão do e-commerce. “As receitas internacionais, obtidas por meio de serviços prestados a outros Correios mundiais, ultrapassaram o marco de R$ 1,2 bilhão, nunca antes registrado no cenário de resultados da empresa”, ressalta a empresa. 

Os Correios registraram um EBITDA de R$ 1,455 bilhão em 2020, resultado que, comparativamente ao ano anterior, representa uma evolução de 115%. Na parte de investimentos, a estatal reportou a aplicação de aproximadamente R$ 1,1 bilhão em investimentos e projetos de BTS (Built to Suit), visando a modernização e otimização de sua capacidade produtiva e infraestrutura. 

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Lúcia Berbert

Lúcia Berbert, com mais de 30 anos de experiência no jornalismo, é repórter do TeleSíntese. Ama cachorros.

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