Lucro da Telefônica salta 24,9% no 4º tri

Telefônica Brasil reduziu os investimentos no período, os quais concentrou em 4G, FTTH, FTTx e TI. Companhia terminou ano com rede LTE ativa em 2,6 mil cidades. A receita com voz continua despencando, mas ganhos com dados cresceram 25%.
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A Telefônica divulgou na manhã desta quarta-feira, 21, o resultado financeiro do quarto trimestre de 2017. A companhia teve lucro líquido de R$ 1,5 bilhão, 24,9% maior que no mesmo período de 2017. O resultado cresceu na esteira da redução do Capex, que somou R$ 2,66 bilhões, 4,8% menor que um ano antes.

Segundo a empresa, o crescimento do lucro deveu-se, principalmente, ao crescimento do EBITDA, maior montante de Juros sobre Capital Próprio declarados e à melhora no Resultado Financeiro apresentado no período.

A receita da operadora brasileira aumentou 1,5%, para R$ 11 bilhões. O serviço responsável por isso foi a telefonia móvel, cujas vendas somaram R$ 6,55 bilhõe, 3,8% a mais que no trimestre final de 2016. No fixo, a Telefônica teve perda de receita: R$ 4,18 bilhões, 2,3% menor. O EBTIDA (lucro antes de impostos, amortizações e depreciações) foi de R$ 3,76 bilhões, maior em 4%.

O consumo de dados cresceu 25% (para R$ 4,9 bilhões) e puxou a demanda pelos serviços móveis da empresa. Em compensação, o uso mais intenso dos serviços digitais reduziu em muito o consumo de voz. A receita com voz sainte caiu 34,9%, para R$ 1,3 bilhão.

No fixo, o movimento é semelhante. Caiu o consumo de voz (-14,4%), mas cresceu a demanda por banda larga (22,7%). A receita com voz, no entanto, ainda é maior: R$ 1,6 bilhão, contra R$ 1,2 bilhão da banda larga fixa.

A empresa conseguiu elevar receita média por usuários em quase todos os segmentos, exceto voz. Nesta, o ARPU foi de R$ 40,1, ante R$ 43,3 no final de 2016. Na banda larga, a ARPU foi de R$ 56,1, contra R$ 46,6. E na TV paga, de R$ 98,3, contra R$ 93,2.

2017

O resultado de hoje também mostra o desempenho do grupo ao longo de todo o ano de 2017. A Telefônica teve receita líquida de R$ 43,2 bilhões, 1,6% maior que em 2016. O EBITDA aumentou 3,3%, para R$ 14,48 bilhões. Já o lucro líquido foi de R$ 4,6 bilhões, 12,8% maior que no ano anterior. O endividamento líquido ficou em R$ 3,8 bilhões, mantendo constante a relação dívida líquida/EBITDA em 0,26.

Em 2017, a Companhia investiu R$ 7.998,3 milhões, representando 18,5% da Receita Operacional Líquida. O número é apenas R$ 5 milhões menor que em 2016, mas, segundo a empresa, em linha com a média anual da projeção de investimentos do triênio 2017-2019 de R$ 24 bilhões.

Os investimentos foram direcionados, em sua maioria, à ampliação da capacidade de rede e cobertura 4G. A empresa encerrou o ano com o LTE ativado em 2,6 mil cidades. O dinheiro também foi gasto na expansão de FTTH a novas cidades, no aumento da penetração do FTTx e em TI, no processo de digitalização na companhia.

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Rafael Bucco

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