Labriola, da TIM, defende colaboração das teles no mercado de meios de pagamento

Executivo lembrou que, juntas, operadoras são responsáveis pode R$ 25 bilhões em recargas, e que em poucos meses será possível comprar produtos com o celular fotografando QR Codes.

O CEO da TIM Brasil, Pietro Labriola, deixou pistas no ar durante a apresentação online que realizou nesta sexta-feira, 10, para 20 mil funcionários. Inclusive um “enigma” a respeito do mercado de meios de pagamentos.

Depois de anunciar a ampliação da parceria com a fintech C6, ele passou a comentar o potencial de mercado que as operadoras de telecomunicações têm a explorar caso unam forças para fazer do pré-pago uma ferramenta de pagamentos.

Segundo executivo, há um enorme potencial nas mãos das teles. “Quarenta e cinco milhões de brasileiros não têm uma conta bancária”, falou. Em seguida, afirmou que as operadoras, juntas, são responsável por receber R$ 25 bilhões ao ano em recargas de pré-pago para mais de 100 milhões de clientes.

“E o que fazem [os clientes] com essa recarga digital? É muito parecido com um cartão de débito. Ou compram serviços de telecomunicações, ou serviços de valor adicionado”, lembrou.

O executivo exibiu então um slide com três QR Codes, no que pode ser referência ao mercado de pagamentos instantâneos que está sendo implantado no país pelo Banco Central. Cada QR Code levava a um produto de preço baixo, que hipoteticamente poderia ser comprado com o valor de uma recarga de crédito do celular.

“Aí entra um terceiro elemento. Um enigma: 45 milhões de pessoas; cartão de débito; já hoje transformamos R$ 25 bilhões de reais. Todos nós da indústria, nós, e Claro, TIM, Vivo, Algar, transformamos R$ 25 bilhões para 100 milhões de clientes em recarga. Sabe o que vai acontecer em alguns meses? Que você vai à praia, na frente de um quiosque, fará a foto com um celular, e poderá pagar”, falou.

Ele não explicou se os QR Codes seriam ou não relacionados ao PIX (sistema de pagamentos instantâneos). Mas em seguida defendeu união das operadoras nesta iniciativa. “Enquanto vamos continuar a competir contra nossos concorrentes para muitas coisas, o mercado evolui. E nessa parte [apontando para os QR Codes] é muito mais provável que vamos colaborar. Porque aqui é muito mais importante que todos juntos, todos os quatro, vamos lançar esse serviço, porque isso faz a diferença, isso pode ajudar a desenvolver o país, o nosso país”, finalizou.

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Rafael Bucco

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