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ISP da Austrália suspende entrada no mercado móvel devido ao banimento da Huawei

TPG diz que estava construindo rede LTE já com plano de upgrade para 5G fornecido pela fabricante chinesa, movimento que perdeu o sentido após bloqueio do governo.

O provedor de banda larga TPG, da Austrália, avisou ontem, 29, que cancelou por enquanto sua entrada no segmento de telefonia móvel devido ao banimento da Huawei do mercado local de 5G. A implantação e os equipamentos seriam feitos pela companhia chinesa. Mas, ano passado, o governo do país alegou que os sistemas 5G da fabricante poderiam ser usados pela China para espionagem e vetou seu uso.

Em comunicado, a TPG afirma que selecionou a Huawei em função do preço e pela oferta de um caminho simplificado para o upgrade futuro da rede LTE para a 5G. “Em função do anúncio do governo no final de agosto proibindo o uso de equipamentos da Huawei, esta via agora não é mais viável”, explica a empresa em nota.

A TPG já havia completado parte da rede 4G, mas não explicou se ela será ativada. Apenas ressaltou que sem a possibilidade do upgrade para a 5G como previsto no projeto “não há porque continuar a gastar dinheiro dos acionistas nisso”.

O banimento da Huawei não é um caso isolado do governo australiano. É uma resposta a pressões dos Estados Unidos, que já convenceram também Canadá e Japão a reduzir a compra dos produtos da fabricante, e levou operadoras de países como França, Alemanha, Noruega e Reino Unido a reduzir o uso de equipamentos, especialmente no núcleo da rede.

Mesmo com a notícia, as ações da companhia subiram. Isso porque a TPG está em processo de fusão com a subsidiária australiana da Vodafone, que tem uma rede móvel 4G baseada em tecnologias da Huawei. Como resultado da transação, que deve movimentar US$ 1 bilhão, será formada a terceira maior operadora convergente do país. (Com agências internacionais)

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