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Internet nas escolas: estratégia do governo prioriza fibra e aferição de qualidade

Parceria com Unicef servirá para ampliar iniciativas já implementadas para medir velocidade da conexão. Governo busca ação articulada para uso de recursos, que estão em diferentes órgãos.
Internet nas escolas: estratégia do governo prioriza fibra e auferição de qualidade
Internet fibra é vista como de maior suporte para escolas públicas (Crédito: Freepik)

O secretário nacional de telecomunicações do Ministério das Comunicações (MCom), Maximiliano Martinhão, afirmou nesta terça-feira, 11, que o governo busca levar internet de qualidade a todas as escolas públicas, considerando a particularidade de cada região, mas há esforço em garantir fibra “na maioria” delas.

“Existe o primeiro desafio quando a gente fala de conexão significativa, que é: que conexão vai chegar até a escola? A gente tá falando de chegar na grande maioria das escolas com conexão via fibra óptica […] Então o primeiro investimento que precisa ser feito é cuidar dessa chegada até as escolas de uma rede de suporte”, afirmou Max.

De acordo com Martinhão, o governo pretende usar os recursos públicos destinados à conectividade para implantar a rede, em um primeiro momento, para que a manutenção fique por conta das escolas futuramente. 

“Dentro da realização do Capex, [a ideia é] assegurar por um tempo a operação e o custeio, compensar aí 24 meses, 36 meses. E, paulatinamente, a gente migrar isso […] é importante que lá na ponta a rede educacional absorva esse custo”, afirmou.

Como parte do planejamento das políticas públicas, o MCom destaca a parceria firmada nesta semana com o Unicef, para incorporar os dados brasileiros em plataforma da organização de medição de internet em tempo real. 

O conselheiro da Anatel, Vicente Aquino, que também participou do debate, reforçou o interesse de antecipar metas do leilão do 5G para que a conectividade chegue mais rápido em áreas mais distantes dos centros. “2029 é um tempo muito longo”, disse Vicente.

Estratégia internacional

A medição de velocidade nas escolas já ocorre no Brasil por meio de levantamento desenvolvido pelo o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) em parceria com instituições. No entanto, o monitoramento envolve apenas cerca de 65 mil instituições em um universo de 138 mil. 

Diogo Moyses, consultor da União Internacional de Telecomunicações (ITU na sigla em inglês), afirma que a universalização do medidor do NIC.br deveria ser um caminho a ser adotado pelo governo. 

“O medidor desenvolvido pelo NIC.br é extremamente relevante. É possível escalar isso com políticas apontando como obrigatório, mandatório que se instale o medidor”, sugeriu.  

Moyses reforçou que a meta da UIT de conectar todas as escolas do mundo até 2030. ” Nos polos internacionais, há um engajamento de praticamente todos os países nessa agenda”, afirmou.

O subchefe Adjunto de Políticas Sociais da Casa Civil, Rogério da Veiga, afirmou que  a ideia do governo é agir de “forma integrada, com participação da Casa Civil”, que está como responsável na articulação entre os ministérios para o uso dos recursos otimizado na conectividade das escolas. 

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