Inflação na indústria tem alta de 3,13% em março

No índice que registra os últimos 12 meses, a taxa da inflação na indústria foi de 18,31%, menor que em fevereiro (20,02%), segundo o IBGE.
Inflação na indústria tem alta de 3,13% em março - Crédito: Freepik
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A inflação na indústria em março de 2022 acelerou para 3,13% em relação ao mês anterior, após subirem 0,54% em fevereiro frente a janeiro. No índice que registra os últimos 12 meses, a taxa foi de 18,31%, caindo em relação ao verificado em fevereiro (20,02%). No acumulado do ano, os preços da indústria aumentaram em 4,93%, abaixo do verificado no primeiro trimestre de 2021 (13,92%). Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta quinta-feira, 28, pelo IBGE.

O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação. Dessas, 16 apresentaram alta em março.

As maiores influências para a inflação na indústria vieram de refino de petróleo e biocombustíveis (1,23 p.p.), alimentos (0,71 p.p.), indústrias extrativas (0,61 p.p.) e outros produtos químicos (0,57 p.p.). “Essas quatro atividades responderam por 3,12 p.p, praticamente todo o índice”, ressalta o gerente do IPP, Manuel Campos.

Ele explica que esse aumento de 3,13% do IPP em março se deu muito em função dos custos e do movimento internacional, começando com o preço do barril de petróleo. “Quando aumenta o preço do barril, aumenta o preço dos derivados. Os preços do setor de refino de petróleo e biocombustíveis aumentaram em 10,84% em março, com destaque para o óleo diesel e gasolina”, comenta.

“Além disso, também aumentam os preços nas indústrias extrativas, pois o óleo bruto de petróleo é uma commodity com preço cotado no mercado internacional”, esclarece. No mês de março, os preços nas indústrias extrativas tiveram um aumento de 10,69%, a terceira alta consecutiva.

Já o setor de outros produtos químicos teve alta de preços de 5,75%, maior desde outubro de 2021, quando alcançou 6,42%. “Os resultados observados estão ligados principalmente aos preços internacionais, com impacto nos custos de aquisição das matérias-primas, especialmente dos produtos ligados a adubos e herbicidas, que foram responsáveis por mais de 90% do aumento do setor”, destaca Campos.

No caso da indústria de alimentos, houve aumentos nos preços das carnes de aves, resíduos de soja e leite. “A variação do setor alimentar foi de 3,01% e este é o setor de maior peso na pesquisa, aproximadamente 23%”, explicou o gerente.

Campos destaca que o acumulado no primeiro trimestre de 2022 (4,93%) está com taxas inferiores ao do primeiro trimestre de 2021 (13,92%). “Naquela ocasião, os preços aumentaram em função da retomada das atividades econômicas em uma cadeia produtiva com desarranjo, além do aumento do dólar e do barril de petróleo. Em 2022, também estamos com a influência do barril de petróleo, porém, o dólar segurou, com uma desvalorização de 4,4% em relação ao real em março”, contextualiza.

(com Agência IBGE)

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Redação DMI

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